Em apenas dois anos e meio de mandato, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), contraiu quatro empréstimos para financiamento de sua gestão. Todos eles foram destinados à mobilidade urbana, em especial à pavimentação e recuperação de ruas e avenidas. Somados, os valores chegam a R$ 437 milhões, valor quase 13 vezes maior do que o endividamento deixado pelos prefeitos Jackson Lago (PDT), Tadeu Palácio (PP) e João Castelo (PSDB).
O primeiro empréstimo contraído na gestão de Edivaldo Júnior, de R$ 99,4 milhões, ocorreu em agosto de 2013, para serviços de pavimentação de 170 quilômetros de vias e recuperação asfáltica de outros 60 quilômetros de ruas nos bairros Alto Calhau, Anil, Cidade Operária, Cruzeiro do Anil, Coroadinho, Sacavém, Santos Dumont, Turu, João de Deus, Vila Luizão e Vila Palmeiras. Apesar do financiamento feito junto à Caixa Econômico Federal (CEF), as ruas e avenidas que deveriam ter recebido os serviços de pavimentação e recuperação asfáltica permaneceram como estão até hoje: completamente abandonadas.
Cerca de cinco meses depois do primeiro empréstimo, o prefeito de São Luís pediu autorização à Câmara Municipal para que o município contraísse mais R$ 71,2 milhões em outra operação com a Caixa.
A verba também foi destinada à pavimentação e recuperação asfáltica de bairros carentes de São Luís, que deveriam receber ainda drenagem superficial, rede coletora de águas pluviais e ainda sinalização viária. Como não houve transparência de quais vias receberiam os serviços, não há certeza se o dinheiro público foi realmente aplicado em mobilidade urbana ou usado para outros fins.
No fim de 2014, Edivaldo Holanda Júnior conseguiu aprovar mais uma autorização de empréstimo. Desta vez, o prefeito pediu autorização para o município contratar R$ 39 milhões junto ao Banco do Brasil.
Acreditando que consegue reverter o alto índice de rejeição e se reeleger prefeito de São Luís nas eleições de 2016, na quarta-feira passada, dia 3, o petecista conseguiu nova autorização da Câmara para um novo empréstimo, o quarto em sua gestão, desta vez de R$ 228 milhões junto a Caixa Econômica Federal para viabilização do corredor de transportes, elevando a dívida de sua gestão para R$ 437 milhões.
Este valor é quase 13 vezes maior que os R$ 34 milhões registrados no Tesouro Nacional, referentes a endividamento do município nas três últimas gestões anteriores ao petecista, que aguarda ainda a autorização do Legislativo municipal para contratar outros três novos empréstimos.
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