Os professores da rede pública municipal de São Luís iniciam, nesta quarta-feira 25, uma greve que segue por tempo indeterminado. A paralisação ocorre após o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) se negar a pagar o reajuste salarial de 11,36% e a melhorar as condições de trabalho dos docentes, principalmente do que se refere à reforma de da maioria esmagadora das unidades escolares pertencentes ao município, que estão em situação precária.
Com a greve, 85 mil alunos ficarão sem aula em São Luís, sem previsão de retorno.
Uma das unidades de ensino abandonadas por Edivaldo Júnior é a Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, única em tempo integral da capital, localizada na Camboa. Denúncia do deputado Wellington do Curso (PP) aponta para problemas no telhado e paredes da escola, além de dezenas de carteiras quebradas. Vidros que por pouco não caíram na cabeça das crianças nunca foram repostos. As cercas de proteção da creche escola também nunca sofreram qualquer manutenção desde que o pedetista assumiu, em janeiro de 2013.
O calote aplicado pelo prefeito de São Luís diz respeito ao não pagamento do reajuste garantido, em acordo com os professores, por meio da Lei nº 5.877. Edivaldo Júnior tem proposto aos docentes um reajuste de apenas 10,67%, que, apesar de próximo do valor a ser pago conforme determina a lei, só seriam quitados por Edivaldo de forma escalonada ou parcelada em três vezes, ou, no máximo, em duas vezes, sendo a primeira parcela em junho e a outra em novembro.
Esta é a segunda vez que a categoria paralisa as atividades na gestão do prefeito Edivaldo Júnior. A primeira aconteceu em 2014, pelas mesmas reivindicações, e durou mais de 100 dias.
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