Espionagem: pedido para afastamento de Portela é encaminhado para Cláudio Rebelo
Cotidiano

Espionagem: pedido para afastamento de Portela é encaminhado para Cláudio Rebelo

Promotor da Assessoria Especial de Investigação da PGJ opinará se secretário de Segurança deve deixar ou não o cargo. Também sobre auditoria no Guardião

Caberá ao promotor de Justiça Cláudio Rebelo, em eventual manifestação a ser encaminhada ao Poder Judiciário do Maranhão, opinar se o secretário de Segurança Pública Jefferson Portela deve ou não ser afastado do cargo, para evitar possíveis embaraços às investigações sobre supostas ordens para monitoramento e escutas ilegais a desembargadores maranhenses, além de familiares e assessores dos magistrados.

O pedido foi feito pelo deputado federal Edilázio Júnior (PSD-MA), autor da notícia de fato que tramita na Assessoria Especial de Investigação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) contra Portela, há cerca de duas semanas, com base em denúncias feitas em cartas pelo delegado licenciado de Polícia Civil Ney Anderson Gaspar. Os documentos foram divulgados com exclusividade pelo blog do Neto Ferreira.

Segundo apurou o ATUAL7, a distribuição do procedimento investigatório para Rebelo foi feita na última quarta-feira 5, manualmente, dois dias após despacho do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Francisco das Chagas.

Além do pedido de afastamento do titular da SSP, Edilázio sugere ainda que a PGJ requeira à Justiça que determine uma auditoria no sistema Guardião. Esse pedido, se não houver redistribuição do caso, também deverá ser analisado pelo promotor Cláudio Rebelo.

Uma outra investigação sobre a suposta espionagem a magistrados também corre na PGJ, a pedido do presidente do Tribunal de Justiça maranhense, desembargador Joaquim Figueiredo. Esse procedimento, porém, segundo informou a assessoria do Ministério Público ao ATUAL7, está sob sigilo.

Em nota pessoal publicada no site institucional da pasta, Jefferson Portela nega as acusações. Ele representou criminalmente Ney Anderson e o também delegado de Polícia Civil Tiago Bardal, pelas acusações contra ele.

Por acompanhar e divulgar o caso, três profissionais de imprensa, incluindo este signatário, também são alvos da representação criminal.



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