Governo erra conta e Imperatriz segue com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, mesmo com hospital de campanha
Cotidiano

Governo erra conta e Imperatriz segue com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, mesmo com hospital de campanha

Unidade inaugurada hoje conta com apenas cinco leitos de terapia intensiva. Gestão estadual havia prometido que seriam dez

Sem qualquer explicação pública até o momento, o governo de Flávio Dino (PCdoB) errou na quantidade de novos leitos para Covid-19 que seriam entregues nesta terça-feira 9, em Imperatriz, com a inauguração de um hospital de campanha no Centro de Convenções da cidade, segunda mais populosa do Maranhão. Com a falha, apesar da abertura do hospital, que tinha como objetivo desafogar o atendimento a pacientes diagnosticados com a doença na região, a rede pública estadual de saúde permanece em colapso, com mais de 90% dos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) ocupados.

Conforme divulgou o ATUAL7 mais cedo com base em dados da própria gestão comunista, até poucas horas antes da inauguração da unidade, a informação oficial é de que seriam abertos 60 novos leitos para pacientes com Covid-19, sendo 10 exclusivos de UTI. Contudo, após a inauguração, o governo informou que a estrutura conta, na verdade, com 20 leitos de observação, 55 de enfermaria e apenas cinco de UTI.

Segundo boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado da Saúde), divulgado no início da noite hoje, em vez de 61, Imperatriz possui agora 66 leitos de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, sendo que apenas 6 estão livres, o que representa uma taxa de ocupação de 90,91%.

Com poucas doses e atraso na vacinação da população, confirmação da nova cepa do coronavírus circulando no Maranhão, agravamento de casos e alta de óbitos em decorrência da doença, além de medidas mais restritivas de contenção e prevenção à Covid-19, para evitar novas mortes, a abertura de novos leitos em unidades de terapia intensiva deveria ser priorizada em relação a novos leitos clínicos. Equipamentos e pessoal capacitado têm, faltando apenas serem instalados e os profissionais valorizados.

Além de bater cabeça com os números, o governo Dino tem também agido com falta de transparência. Mesmo com uma ação do Ministério Público pela divulgação de dados detalhados sobre os leitos ocupados e desocupados, por unidade hospitalar, a gestão estadual segue omitido essas informações.

Também não se sabe, até o momento, a quantidade exata de pessoas que estão na fila de espera por vaga em leitos de UTI, o que acaba levando o boletim epidemiológico da SES a ocultar a real situação da pandemia no Maranhão.



Comente esta reportagem