Professores de São Luís estão em greve há mais de um mês

Dentre as reivindicações dos docentes está a construção das prometidas 25 creches. Secretário se recusa a atender a categoria. Apenas dois deputados e cinco vereadores apoiam o movimento

Já dura mais de 30 dias a greve dos professores da rede pública municipal de ensino de São Luís. O movimento teve início no dia 1º de agosto último, dois meses depois dos docentes aguardarem sem êxito o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, retomar as negociações com a categoria.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 7,64%, melhoria da infraestrutura das escolas, construção de creches, qualidade da alimentação e transporte escolar, segurança nos ambientes escolares e quitação das perdas salariais de 2012 a 2016 que somam 16,7% são reivindicadas pela categoria. Eles exigem também a concretização do plano de reforma para as 266 escolas da rede pública municipal e a construção das 25 creches ainda executadas, apesar de o recurso, segundo eles, já ter sido encaminhado para o município.

Dos 42 deputados da Assembleia Legislativa do Maranhão, apenas dois, Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN), têm defendido os professores e o direito legítimo de greve, além de criticado a ineficiência de Feitosa na pasta. Já da Câmara Municipal de São Luís, dos 18 vereadores, apenas Umbelino Júnior (PPS), Marcial Lima (PEN), César Bombeiro (PSD), Sá Marques (PHS), Marquinhos (DEM) tem cobrado do Executivo municipal a resolução do impasse.

A deputada federal Eliziane Gama (PPS), candidata derrota a prefeitura da capital nas eleições de 2016, provavelmente devido a sua reaproximação com o governador Flávio Dino (PCdoB), padrinho político do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), tem se furtado de qualquer manifestação sobre a greve.

Uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente, marcada para a manhã deste domingo 1º, deve deliberar sobre uma proposta mediada pelo Ministério Público do Maranhão. A reunião será realizada no prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), ocupado pelos professores desde o dia 24 de agosto.

Conforme mostrado pelo ATUAL7 na última quinta-feira 30, o secretário Moacir Feitosa, que se recusa a sentar com os professores para resolver o problema, é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de não comprovar a aplicação de R$ 26.594.850,61 repassados para os cofres municipais pelo Governo Federal, para emprego nas ações do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *