A população do Maranhão corre o sério risco de ter se livrado da chibata de uma oligarquia para viver debaixo do jugo de uma dinastia.
Democraticamente eleito sob o discurso da mudança, do fim de privilégios e do domínio de velhas raposas, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem feito de tudo para presentear o seu padrinho político, deputado Humberto Coutinho (PDT), com a Presidência da Assembleia Legislativa do Estado.
Para isso, Dino tem jogado todas as cartas possíveis e impossíveis no jogo do submundo da política maranhense, sendo a mais recente a de ascender à líder de seu governo um dos filhotes da oligarquia Sarney, o deputado estadual Rogério Cafeteira (PSC), sobrinho do eterno sarneyzista senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA).
Mais conhecido pela estranha alcunha de Porcão, Rogério tornou-se um político de futuro promissor dentro de seu antigo grupo tão logo assumiu o primeiro mandato no Legislativo estadual, após repisar as mesmas práticas utilizadas por seu tio, que lhe empregou no Senado Federal.
Em 2011, em seu primeiro ano de mandato, o futuro líder do governo Flávio Dino na Assembleia nomeou em seu gabinete duas amigas e a filha do imortal ex-secretário de Esportes do governo Roseana Sarney, Joaquim Nagib Haickel, com salários que beiravam a R$ 9 mil, na época.
Reeleito em 2014 pela coligação que apoiava a candidatura do suplente de senador Lobão Filho (PMDB-MA), Rogério Cafeteira tem agora como principal missão fazer a defesa do governo dinista diante das denúncias da oposição, sobretudo da deputada Andréa Murad (PMDB), filha do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad.
Dinastia
Além de Rogério Cafeteira, Flávio Dino conseguiu reunir em torno de seu candidato à presidência da Assembleia outros nomes historicamente ligados umbilical ou subalternamente ao senador José Sarney.
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