Se o fato de ter um filho como líder da base aliada do governador Flávio Dino (PCdoB) na Câmara Municipal de São Luís já coloca o juiz Osmar Gomes, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em suspeição no decreto de prisão do ex-chefe da Casa Civil do governo Roseana Sarney, João Guilherme de Abreu, o surgimento de um novo fato deve agora confirmar a suspeita de que o pai do vereador Osmar Filho (PDT) não agiu em conduta compatível com o exercício da magistratura.
Osmar é pai de da jovem Biana Rodrigues dos Santos, empregada no governo Flávio Dino no cargo de Assessor Jurídico, Simbologia DAS-1, da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, desde o 21 de janeiro, mas com data de remuneração retroativa ao 1º dia do mesmo mês.
Conforme antecipado pelo Atual7 mas cedo, de acordo com a causa de impedimento arrolada parágrafo V do artigo 135 do Código de Processo Civil (CPC), pelo grau de parentesco com pessoas de dentro do governo, o titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri deveria ter preservado o princípio da imparcialidade do julgador e se dado por suspeito do pedido de cerceamento da liberdade do ex-auxiliar governamental.
Diante de outras coincidências que só ocorrem no Maranhão e que reforçam a tese de viés político, como o fato da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados ter se silenciado durante todo o procedimento que levou ao reconhecimento de João Abreu no Quartel do Corpo de Bombeiros e ter se pronunciado somente após pressão dos advogados de defesa, a suspeita de que o titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri agiu sob interesse particular aumenta ainda mais, e por isso deve ser levada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Abaixo, trecho da nomeação de Bianca Rodrigues, filha de Osmar Gomes, no governo Flávio Dino:
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