Policial federal, durante a deflagração da Operação Sermão aos Peixes, e o dono do ICN, Emílio Rezende

Dono da Bem Viver, Emílio Rezende se entrega à policia em Imperatriz

OS é apontada pela Polícia Federal como integrante do suposto esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 1,2 bilhão dos cofres da SES

Emílio Borges Rezende, um dos donos e diretor da Organização Social (OS) Bem Viver – Associação Tocantina para o Desenvolvimento da Saúde e o Instituto de Desenvolvimento, se entregou à polícia, na manhã desta terça-feira 24, em Imperatriz. Acusado de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, ele era considerado foragido da Justiça desde o início da semana passada. A informação é do Blog do Holden Arruda.

Emílio é um dos arrolados no inquérito da Polícia Federal que, durante a Operação Sermão aos Peixes, investigou a suposta organização criminosa que teria desviado, segundo a PF, mais de 1,2 bilhão de reais do Fundo Nacional de Saúde por meio do modelo de terceirização da gestão da rede de saúde pública no Maranhão. O esquema, criado no governo José Reinaldo Tavares, foi mantido pelos dois governos posteriores, de Jackson Lago (PDT) e Roseana Sarney (PMDB), e também abocanhou dinheiro público no governo atual, do comunista Flávio Dino.

A Bem Viver, inclusive, foi quem empregou uma amiga do secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry Barroso, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Imperatriz, com um super salário. O caso foi revelado pelo Atual7.

Informações, ainda preliminares, apontam que Emílio Rezende teria conseguido um habeas corpus, razão pela qual se apresentou à polícia. Ele teria comparecido ao 3º Batalhão de Polícia de Imperatriz acompanhado por um advogado de Minas Gerais, de nome ainda não identificado.

Além da Bem Viver, também faz parte da suposta Orcrim a Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto Cidadania e Natureza (ICN) e o Instituto de Apoio à Cidadania (Idac). Por conta da permanência desses institutos no governo Flávio Dino, apesar da Sermão aos Peixes ter focado apenas nos anos de 2010 a 2013, o atual titular da SES, o médico Marcos Pacheco, também foi investigado pela Polícia Federal e descoberto em diálogos que apontam para suposta participação na quadrilha. Um novo inquérito deve ser aberto e uma nova operação deve ser deflagrada pela PF.


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