O secretário de Estado da Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, sabia que a quadrilha que explodiu o Banco do Brasil de Colinas e matou uma jovem identificada como Shislene Araújo, na noite dessa segunda-feira 15, rondava a região. A revelação foi feita pelo deputado estadual Sousa Neto (PROS), presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Maranhão.
“O secretário de Segurança Pública tinha conhecimento que essa quadrilha estava rondando e tomou conhecimento com antecipação sobre esse assalto, mas nada foi feito. Ou seja, responsabilidade total do secretário do Governo do Estado do Maranhão, que pouco tem feito no interior do Estado pela segurança, muito aqui [São Luís] para aparecer na mídia, muito aqui para fazer propaganda, mas, no interior do Estado do Maranhão, onde a gente vive, onde nossas bases se encontram, onde a população está padecendo, essas ações não chegam”, revelou.
A denúncia do parlamentar se deu após o vice-presidente do Legislativo estadual, deputado Othelino Neto (PCdoB), defender o governo Flávio Dino quanto a onda crescente de explosões a caixas eletrônicos no interior do Maranhão, mesmo após a criação e trabalho de campo da Cosar (Companhia de Operações de Sobrevivência em Área Rural).
“Independentemente de lado político, de ser oposição ou governo, todos nós, claro, lamentamos o ocorrido em Colinas. Nós só não podemos deixar de reconhecer os investimentos que o Governo do Estado tem feito em Segurança Pública. Nunca se fez tantos investimentos nesta área como agora”, defendeu o comunista.
Ainda durante seu pronunciamento, porém, Sousa Neto alertou para o fato de que ainda não chegaram ao interior do estado as viaturas novas adquiridas pelo governo estadual, nem houve reforço de efetivo, embora o governador do Maranhão tenha anunciado no Twitter a marca de mais de 1.500 novos policiais nomeados, ainda no ano passado.
“Ainda não chegaram essas viaturas, ainda não chegaram os efetivos policiais, ainda não chegou o armamento que foi prometido e, principalmente, as garantias que os policiais precisam para trabalhar com dignidade. Essa é uma falha muito grande”, comentou presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa.
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