A direção do PP antecipou para as 14 horas desta quarta-feira 6 reunião com as bancadas da Câmara e do Senado para definir se o partido continuará na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) ou se irá desembarcar. A decisão seria tomada somente na próxima segunda-feira, dia 11, mas o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), decidiu mudar a data após receber, ontem 5, um grupo de cerca de 20 parlamentares.
Pelas contas dos deputados progressistas, 20 são contra o impeachment e 20 a favor e outros dez estão indefinidos, a espera das negociações de cargos com o Palácio do Planalto em troca de votos contra o impeachment. Entre os indefinidos, o Atual7 apurou que estão os maranhenses André Fufuca e Waldir Maranhão, o primeiro ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o último vice-presidente da Casa.
Na balcão de ofertas aberto após o rompimento com o PMDB, o governo federal ofereceu ao PP o Ministério da Saúde, um dos principais da Esplanada, e uma troca de ministro na Integração Nacional, já comandada pelo partido. O objetivo é tentar evitar o desembarque da quarta maior bancada da Câmara dos Deputados.
A negociação é para tornar o deputado Cacá Leão (PP-BA) o novo ministro da Integração Nacional no lugar de Gilberto Occhi, que tem menor representatividade na bancada de 49 deputados. Occhi assumiria a presidência de alguma estatal ou autarquia federal. A Saúde ficaria com o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
A Saúde é comandada hoje pelo deputado licenciado Marcelo Castro (PMDB-PI), cuja permanência se tornou difícil após a decisão do PMDB de romper com o governo. Além do PP, PR, PSD e outras legendas menores, como o PTN e o PHS, estão sendo procuradas pelo governo com a proposta de ocupar o espaço que será aberto com a entrega de ministérios e cargos pelo PMDB.
O partido pleiteia ainda as pastas da Educação ou Minas e Energia.
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