O sumiço do dinheiro empenhado para o contrato entre o Instituto Superior de Educação Continuada (ISEC) e a Secretaria Municipal Extraordinária de Governança Solidária e Orçamento Participativo, no valor de R$ 33,2 milhões, pode tirar o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), da disputa eleitoral deste ano.
A denúncia está em posse da promotora Moema Figueiredo Brandão, da 30ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que pode pedir a cassação do pedetista e a condenação dele e do secretário Olímpio Antônio Araújo, titular da pasta, por improbidade administrativa. Ocorre que, além do MP-MA, o escândalo com dinheiro público segue também sendo investigado por promotores eleitorais, e deve ser objeto do ajuizamento de uma ação diretamente no Fórum Eleitoral.
Edivaldo é suspeito de, juntamente com Olímpio Araújo e o dono do ISEC, Luiz Celso Cutrim Barbosa, se locupletar da verba para auxilio eleitoral em outubro próximo, dele e de vereadores aliados na Câmara Municipal de São Luís. Segundo a denúncia, o dinheiro saiu dos cofres públicos para turbinar lideranças políticas dos parlamentares, partidos políticos e até secretários municipais, para ajudar na reeleição do prefeito e dos aliados.
O ATUAL7 apurou que, de posse de documentos que comprovariam toda a existência do suposto esquema e de todos os seu beneficiados, os promotores eleitorais estariam aguardando a aprovação da candidatura de Edivaldo Júnior nas convenções para pedir o indeferimento do registro de sua candidatura. A acusação é de que ele teria agido de abuso de poder político e econômico para suposta captação ilícita de sufrágio, que seria a compra de votos por meio dos cabides de empregos criados por meio do contrato com o ISEC.
Diante da robustez das provas, a expectativa é de que a Justiça Eleitoral defira os pedidos que serão feitos pela promotoria eleitoral. Até lá, Edivaldo Júnior poderia ainda tentar continuar disputando a eleição, mas sub judice, isto é, correndo o sério risco de ter seu nome retirado na disputa antes do dia 2 de outubro.
Além do prefeito de São Luís, um outro pré-candidato a prefeitura da capital estaria supostamente envolvido no mesmo esquema do ISEC, por ter indicado pessoas para receber o dinheiro sem precisar ir trabalhar, e por isso também pode ficar fora das eleições por crime eleitoral.
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