Senadores do MA votam pela cassação de Dilma e põem fim a 13 anos de petismo
Política

Senadores do MA votam pela cassação de Dilma e põem fim a 13 anos de petismo

Era necessários 54 votos para condenar a petista por crimes de responsabilidade e afastá-la do cargo

O Senado Federal cassou, às 13h35min desta quarta-feira 31, o mandato de Dilma Rousseff (PT), pondo fim a 13 anos de petismo. Foram 61 votos a favor e 20 contra o impeachment. Com o isso, Michel Temer (PMDB) assume, agora em caráter definitivo, a cadeira de presidente da República.

Do Maranhão, todos os três senadores, Roberto Rocha (PSB-MA), Edison Lobão e João Alberto Souza, ambos do PMDB-MA, votaram pela cassação da petista. O governador Flávio Dino, um dos principais defensores da manutenção do mandato de Dilma, prestou homenagem a aliada nas redes sociais, “Minhas homenagens à companheira Presidenta Dilma Roussef. A história a absolverá. Avante”, declarou.

Até o último momento do processo do processo, Dilma negou que tenha cometido crimes. “Não pratiquei ato ilícito. Está provado que não agi dolosamente em nada. Os atos praticados estavam inteiramente voltados aos interesses da sociedade. Nenhuma lesão trouxeram ao erário ou ao patrimônio público”, afirmou em discurso proferido no Senado, na segunda-feira 29.

De outro lado, a oposição sempre foi ferrenha ao afirmar que houve, sim, crime de responsabilidade – e recebeu o apoio de uma parcela relevante da sociedade, que saiu às ruas para pedir o afastamento. Em março deste ano, cerca de 3,5 milhões de brasileiros foram às ruas para protestar contra o governo, o que indicava que ele já estava com os dias contados.

A votação do Senado sacramenta o fim da Era PT, e encerra os nove meses durante os quais o processo de impeachment se arrastou pelo Congresso.

Contudo, apesar da confirmação da cassação de seu mandato, a ex-presidente conseguiu uma vitória, mesmo que de menor relevância: ela manteve os direitos políticos e poderá exercer cargos públicos. Em votação após o impeachment, os senadores decidiram por 42 votos a 36 – mais três abstenções – pela manutenção do direito.



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