Desde que entraram no ar, no horário eleitoral gratuito, as novas inserções da coligação “Coragem pra Fazer”, que tem como candidato a prefeito de São Luís o vereador Fábio Câmara (PMDB), diversos usuários de redes sociais e grupos de WhatsApp e Telegram passaram a questionar se o peemedebista teria abandonado seu histórico popular, combativo e de oposição ao prefeito da cidade, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Para alguns usuários, a mudança de direção na campanha de Câmara é fruto de um ódio mortal do peemedebista, por ele, após uma luta hercúlea para sair-se candidato, acabar não sendo reconhecido pelo eleitorado ludovicense, conforme mostram todas as pesquisas. Para outras pessoas, porém, a mudança de direção da campanha de Fábio Câmara trata-se, na verdade, de uma negociata política, que envolveria dinheiro, garantia de um cargo no primeiro escalão e algumas sinecuras, em troca de seu tempo de propaganda para atacar o principal adversário do atual prefeito, isto é, que Câmara tornou-se o famigerado “laranja” existente em toda campanha eleitoral.
Mas afinal, qual das duas situações é a verdadeira? Fábio Câmara é ou não é laranja?
A resposta é simples.
Numa campanha eleitoral sem laranjas, espera-se dos candidatos que todos apresentem suas propostas de governo à população e/ou que usem seus tempos de TV e de rádio para mostrar o descaso e abandono da coisa pública por quem está no poder, isto é, da falta de gestão de quem está no poder. Afinal, se alguém se candidata a algum cargo do Executivo, é porquê está claramente insatisfeito com quem está lá.
Contudo, nas novas inserções do candidato Fábio Câmara, apesar do calhamaço de documentos que ele possui que comprovam o envolvimento do prefeito Edivaldo e de sua gestão no escamoteio de dinheiro público, o que se vê é uma metralhadora giratória voltada contra o candidato da coligação “Por Amor a São Luís”, Wellington 11 (PP), o candidato que mais cresce em todas as pesquisas de intenção de votos e único que pode acabar de vez com os quase 30 anos de desmandos da oligarquia do PDT nos cofres da prefeitura de São Luís.
E pior: Câmara vem fazendo isso com barrigadas e factoides.
Sem precisar ser cientista e PhD em Ciências Políticas, percebe-se que, com as pancadas, o candidato da coligação “Coragem pra Fazer” está tendo, na verdade, coragem pra fazer com que o progressista deixe de ser o menos rejeitado pela população, e com isso se distancie da possibilidade de terminar o primeiro turno em primeiro colocado, vencendo o atraso e o descaso de Edivaldo no segundo turno.
E ainda que a motivação dos ataques tenha como mote o ódio de Fábio por não ter a preferência do eleitorado ludovicense que Wellington tem, com as pancadas, o peemedebista favorece o candidato do PDT, e mostra que se tem alguma coragem, é apenas a coragem pra pisar na própria história, família, amigos e eleitores, ao estar contribuindo para deixar a população de São Luís novamente nas mãos de um “marginal”, como ele mesmo classificou o atual mandatário.
Diante da mudança, fica a pergunta retórica: afinal, Fábio Câmara é ou não é laranja de Edivaldo Holanda Júnior?
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