Com 100,00% das urnas apuradas, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) confirmou a liderança na votação do primeiro turno e foi reeleito prefeito de São Luís, após obter 53,94% dos votos válidos. O segundo colocado, Eduardo Braide (PMN) registrou 46,06% do total dos votos válidos. Votos brancos e nulos totalizaram 4,46%.
No primeiro turno, o prefeito reeleito teve o primeiro maior tempo no horário eleitoral entre os candidatos, com 3 minutos e 39 segundos. Já o seu adversário, por ter disputado apenas com o nanico PMN, teve direito a apenas 10 segundos de exposição, mas ainda assim acabou surpreendo nos debates da TV Guará e Mirante, levanto os eleitores a trocarem de voto nos últimos dias da eleição no primeiro turno.
Contudo, a revelação de que Eduardo Braide é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) por lavagem de dinheiro e suposto envolvimento na chamada Máfia de Anajatuba fez com que o candidato caísse na preferência do eleitorado. Também pesou contra ele as revelações de que fez contratos com empresas ligadas ao seu pai, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Carlos Braide, durante sua passagem pela Caema (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão).
A ampla coligação que elegeu Edivaldo Júnior teve 12 partidos: além do PDT, selaram apoio à candidatura ainda no primeiro turno PTB, PRB, PSC, PR, DEM, PROS, PCdoB, PTC, PSL, PEN e PT.
Dentre os principais responsáveis pela vitória de Edivaldo nas urnas estão os secretários municipais Digo Lima (Habitação e Urbanismo), Helena Duailibe (Saúde) e Olímpio Araújo (Orçamento Participativo), além do deputado federal e presidente do PDT no Maranhão, Weverton Rocha. O governador Flávio Dino (PCdoB), embora tenha saído do muro nos últimos dias do pleito, não teve qualquer influência na decisão final do eleitorado que optou pelo pedetista.
Campanha
Durante a campanha, Edivaldo destacou o asfaltamento de milhares de ruas em toda a São Luís, em parceria com o governo estadual; a entrega de centenas de moradias em parceria com o governo federal, pelo programa Minha Casa, Minha Vida; e, principalmente, a entrega de novos ônibus, todos equipados com ar-condicionado, após a inédita licitação dos transporte público.
O pedetista também enfatizou que, apesar da crise econômica e financeira que afeta o país, colocou iluminação nova em quase todas as grandes avenidas da capital e conseguiu iniciar a construção das primeiras creche-escolas prometidas ainda durante a campanha eleitoral passada, de 2012, e da tão sonhada reforma do Hospital da Criança, já quase concluída.
Quem é Edivaldo Holanda Júnior
Edivaldo Júnior tem 38 anos e é o atual prefeito de São Luís. Começou a carreira política em 2004, quando foi eleito vereador pela cidade. Foi reeleito em 2008 para o cargo, com uma votação três vezes maior que a anterior. Dois anos depois, em 2010, o reconhecimento deste trabalho o presenteou com uma votação consagradora para deputado federal. Ele foi o mais votado em São Luís e tornou-se líder de seu então partido, o PTC, na Câmara dos Deputados.
Em 2012, sob o apadrinhamento de Flávio Dino (PCdoB), foi eleito prefeito de São Luís, derrotando seu ex-aliado, João Castelo (PSDB).
Apesar de não ter cumprido quase nenhuma das promessas de campanha que fez durante a campanha passada, conseguiu reverter o baixo índice de aprovação à sua gestão nos últimos meses que antecederam ao pleito, principalmente devido aos erros de seus principais adversários na disputa.
Assim como o seu adversário no segundo turno, Edivaldo Júnior também é investigado por corrupção. Dentre os principais processos a que é alvo está o do famoso esquema do Isec, onde R$ 33,2 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos para a compra de votos nesta eleição, justamente por meio da pasta comandada por Olímpio Araújo.
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