Discurso antipolítico de 2016 pode levar Braide à glória ou ao fiasco eleitoral
Política

Discurso antipolítico de 2016 pode levar Braide à glória ou ao fiasco eleitoral

Para se manter como outsider, que não mente durante a campanha, pré-candidato terá de novamente renegar os caciques e evitar alianças em troca de tempo de televisão e rádio

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) está com um pé no céu e o outro na cova. A movimentação que irá fazer até as eleições de 2018 determinará se ele chegará à glória ou se será enterrado politicamente.

E tudo com dependência única e exclusiva dele próprio.

Parlamentar em segundo mandato, filho de ex-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e investigado em casos graves relacionados à corrupção, Braide conseguiu a façanha de esconder tudo isso e se vender como um outsider para a população de São Luís durante a campanha eleitoral de 2016, ao ponto de disputar o segundo turno e por pouco não se tornar prefeito da capital.

Como o discurso antipolítico lhe rendeu mais de 240 mil votos, ele passou a ser cotado como terceira via ao Palácio dos Leões, agora em 2018.

Mas, em tempos de Lava Jato e Sermão aos Peixes, nem tudo são flores.

Refém do próprio discurso, para se manter como um pré-candidato que não mente durante a campanha eleitoral, Braide precisa continuar tentando firmar a imagem de pré-candidato independente, novamente renegando os caciques maranhenses e evitando costurar alianças — inclusive às escondidas — em troca de tempo de televisão e rádio.

Até mesmo a troca do nanico PMN para o famigerado DEM, em busca de musculatura partidária, como tem sido especulado, deve ser evitada.

De pedra em 2016 — quando não era considerado uma ameaça, e por isso não foi confrontado por nenhum dos adversários e nem teve avaliada a sua vida pública pelo eleitorado —, para vidraça em 2018 — quando será comparado com os demais concorrentes e por isso terá de mostrar que tem substância —, qualquer movimentação dissociada da que o fez surpresa no pleito passado levará Eduardo Braide ao suicídio eleitoral.

E isso em qualquer cenário: seja na disputa pelo Palácio dos Leões, por uma vaga na Câmara dos Deputados ou até mesmo na, ainda não descartada, tentativa de reeleição para deputado estadual.

Se permanecer o mesmo do pleito passado, chegará à glória. Se der um passo atrás e repetir o que todo político de sempre faz, quando as urnas forem abertas e os votos contados, Braide será confirmado como um fiasco.



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