Apesar do procurador-Geral de Justiça Luis Gonzaga Martins Coelho não gostar de ser confrontando com a realidade, pelo menos no que diz respeito a atuação do Parquet no combate a malandragem de quem utiliza os cofres públicos para promover o enaltecimento pessoal, é difícil não se concluir que o governador Flávio Dino (PCdoB) vem recebendo um tratamento diferenciado, mesmo que isso coloque a credibilidade do órgão em jogo.
Na semana passada, a candidata ao Palácio dos Leões Maura Jorge (PSL) convocou a imprensa para declarar como perseguição à sua candidatura o julgamento, a poucos dias do pleito e com seu nome oscilando positivamente na última pesquisa Ibope, de um processo de improbidade administrativa baseado em uma ação civil movida pelo MP maranhense, em razão do logotipo de sua administração na Prefeitura Municipal de Lago da Pedra ter sido interpretado como promoção pessoal.
Ocorre que o mesmo MP/MA, que enxergou um M de Maura no simbolo que representa a paisagem geográfica de Lago da Pedra, vendou-se em relação ao nome e sobrenome de Flávio Dino acentuados em uma placa de uma obra pública e num material institucional de um encontro entre o comunista e dezenas de prefeitos maranhenses.
Compare o que fez Maura e o que fez Dino, nas imagens abaixo:
Ou seja, o M enxergado no slogan Prefeitura de Lago da Pedra – Modernidade e Desenvolvimento foi caracterizado pelo Ministério Público como promoção pessoal feita de forma subliminar no brasão tido como oficial. Já sobre o nome e o sobrenome do governador inseridos descaradamente numa placa do programa Escola Digna e na peça que foi massivamente mostrada num telão em encontro com gestores municipais atrás de recursos para as suas respectivas administrações, pelo que se sabe publicamente, nenhuma ação foi movida.
Na verdade, em vez de acionar Flávio Dino por promoção pessoal como atuou contra Maura Jorge, sob o sorriso orelha a orelha de Luis Gonzaga, o MP/MA fez foi o contrário: premiou o comunista com a Medalha de Mérito Celso Magalhães, maior honraria concedida pelo seu colegiado de procuradores.
É ou não é um baita de um tratamento diferenciado?
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