O governador Flávio Dino (PCdoB) reassumiu o comando do Palácio dos Leões, nesta segunda-feira 20, em meio a novas revelações de suposta arapongagem determinada pelo secretário da Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, a desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
A nova denúncia, com maior riqueza de detalhes, foi feita pelo delegado de Polícia Civil e ex-chefe do DCCO (Departamento de Combate ao Crime Organizado), Ney Anderson Gaspar, quando Dino estava em viagem para Londres, na Inglaterra, para participar da Escola de Economia e Ciência Política, no Brazil Fórum UK. Já havia feito a mesma revelação o delegado de Polícia Civil Tiago Bardal, premiado pelo próprio comunista no ano passado, pelo trabalho desenvolvido à frente da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais).
Grave, a suposta espionagem levou o presidente do TJ-MA, desembargador Joaquim Figueiredo, a se manifestar publicadamente a respeito. Em nota publicada no site institucional da corte, ele exigiu “uma rigorosa e imparcial investigação” das denúncias.
Como mostrou o ATUAL7 nesse sábado 18, o escândalo pode derrubar Jefferson Portela do cargo.
Ainda que Joaquim Figueiredo não tenha tornado público se requisitou ou não à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) a instauração de um inquérito criminal, o órgão máximo do Ministério Público estadual é obrigado a abrir a investigação, de ofício, para não incorrer em prevaricação.
Na eventual instauração do inquérito, para afastar possíveis embaraços à, conforme cobrou o presidente do Tribunal de Justiça, “rigorosa e imparcial investigação”, a PGJ deve pedir o afastamento imediato de Jefferson Portela do cargo.
O secretário está na iminência, também, de ser antecipadamente substituído por Flávio Dino do comando da SSP-MA, como forma de tentar estancar a crise.
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