O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou, nesta quinta-feira 30, que vai editar na próxima semana um decreto de isolamento social para endurecer as regras de isolamento social em São Luís, próximo de um lockdown —termo usado para situações de paralisação total ou parcial do deslocamento de pessoas e, consequentemente, da economia. A medida é uma tentativa de barrar ou pelo menos diminuir a disseminação do novo coronavírus na capital.
“O novo decreto vai na direção da restrição de reduzir a circulação de pessoas, se aproximando de lockdown. Estamos analisando a forma e a graduação de atuação para publicar. A previsão é que na terça-feira eu edite esse novo decreto para a capital; para o resto do estado não é necessário”, afirmou o comunista, em entrevista ao UOL.
Segundo boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado da Saúde), atualizado até às 20 horas dessa quarta-feira 29, dos 149 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para Covid-19 disponíveis na rede pública em São Luís, 119 estavam ocupados; e dos leitos de enfermaria, dos 337 totais, 197 estavam ocupados.
A capital do Maranhão segue como epicentro da pandemia no estado, com 2.432 casos positivos e 149 mortes em decorrência da Covid-19.
Por determinação de Dino, a Rua Grande, principal centro comercial de São Luís, passou a ter os acessos bloqueados, desde hoje, após registros de aglomerações no local.
Mais cedo, em entrevista à rádio Mirante AM, o secretário estadual da Saúde, Carlos Lula, responsável pela coordenação do Comitê Científico de Prevenção e Combate ao Coronavírus no Maranhão, em contraste ao governador apenas neste ponto, informou sobre impossibilidade de retomada das aulas em São Luís no próximo mês —e, consequentemente, do comércio não essencial.
“Não tem a menor condição em maio, pelo contrário vai ser o pico de casos no estado. O mês de maio será duríssimo. Se a gente conseguir passar maio, muito provavelmente a partir de junho, teremos a diminuição de pessoas contaminadas no estado. Nós não temos condição neste momento de voltar às aulas”, ressaltou.
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