Yglésio se irrita com Dino e cobra suspensão de aulas presenciais na rede privada

Médico e pai, deputado tem agido com independência ao se posicionar sobre a pandemia apesar de fazer parte da base governista na Alema

O deputado Yglésio Moyses (PROS) deu sinais de que perdeu a paciência com Flávio Dino (PCdoB) diante da decisão do governador em liberar a retomada das aulas presenciais na rede privada de ensino. Médico e pai, ele tem agido com independência ao se posicionar sobre a pandemia do novo coronavírus apesar de fazer parte da base governista na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Em discuso na sessão dessa terça-feira 4, o parlamentar criticou duramente a gestão comunista por permitir a retomada das aulas nas escolas particulares e manter a suspensão, por tempo indeterminado, apenas na rede pública estadual.

“Me causa estranheza, a postura do Governo do Estado no sentido de permitir o retorno das aulas da rede privada e, ao mesmo tempo, não colocar a rede pública do Estado para voltar. Fico a me perguntar se há uma diferença de segurança entre as duas redes, se é um reconhecimento de uma eventual incapacidade de manter as medidas higiênicas sanitárias dentro da rede privada ou da rede pública, ou se apenas foi uma falta de preocupação com os pais”, disse.

Para Yglésio, o retorno das atividades presenciais na rede privada tem objetivo apenas financeiro, sem preocupações sanitárias com os estudantes, professores e demais funcionários das escolas. Ele criticou o silêncio de Dino sobre o apelo feito na semana passada, para que revisse a decisão de liberar as escolas particulares.

“Para mim, foi uma conduta inadequada por parte do Governo do Estado ter deixado a coisa dessa forma. Fez-se o apelo ao governador, houve apenas o silêncio. Eu lamento por isso. Sou integrante da base, mas como pai eu não poderia deixar de registrar a minha indignação com isso que está acontecendo”, disparou.

Irritado, ele criticou a política sanitária de Flávio Dino, por liberar a retomada das escolas particulares enquanto proíbe setores da cultura de exercer suas atividades.

“Por que é que o músico não pode voltar a tocar, se todo dia tem aglomeração política, cheia de gente, e o músico está sem poder trabalhar? Então, eu não estou entendendo qual é a ciência sanitária, se tá todo mundo aglomerando. A taxa de transmissão em São Luís não está baixa. É absurdo!”.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *