Braide mostra incômodo com Wellington e cobra fidelidade a acordo de Roberto Rocha
Política

Braide mostra incômodo com Wellington e cobra fidelidade a acordo de Roberto Rocha

Pré-candidato a prefeito pelo Podemos tenta reverter situação e diz que traição teria sido do tucano contra ele

O deputado federal Eduardo Braide (Pode-MA) demonstrou incômodo com as declarações de que ele e o senador Roberto Rocha (MA) seriam traidores, feitas pelo deputado estadual Wellington do Curso, por conta do apoio do PSDB à sua pré-candidatura a prefeito de São Luís.

Nesta quarta-feira 2, em entrevista ao radialista Jorge Aragão, no programa Ponto Final, da Mirante AM, Braide disse que, se houve traição, teria sido de Wellington contra ele. Como argumento, expôs um acordo que teria sido firmado entre ele e Rocha, nas eleições de 2018, e cobrou de Wellington fidelidade a esse acordo.

“Se tem alguém que foi traído nessa história, fui eu e é fácil de entender. Eu e o deputado Wellington caminhamos juntos no segundo turno de 2016. Já em 2018 eu era pré-candidato ao Governo do Maranhão, mas abri mão e apoiei o senador Roberto Rocha que, naquele momento, com Wellington presente, afirmou que estaríamos juntos me apoiando em 2020. Então, ninguém foi enganado sobre esse apoio do PSDB à minha pré-candidatura”, afirmou, fazendo possível referência a um ato unilateral e de indelicadeza partidária do senador durante as convenções do PSDB no pleito daquele ano.

Citando estratégia traçada entre ele e Wellington em 2018, de um ajudar o outro a alavancar as suas candidaturas, respectivamente para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, Braide disse que convidou o tucano para ser seu vice, e que, além de não aceitar, Wellington deixou de se comunicar com ele. Pelas declarações do pré-candidato do Podemos, inclusive insinuando mudança de campo político por parte do principal oposicionista do governo de Flávio Dino (PCdoB), essa teria sido a traição.

“Vale lembrar que em 2018, eu fiz dobradinha em São Luís com Wellington, ele estadual e eu federal. De lá para cá, foram várias conversas e sempre ficou claro que o acordo do PSDB me apoiar estava mantido. Com a proximidade do pleito, fiz o convite para ele ser meu vice, mas ele não aceitou. Só que, inexplicavelmente, o deputado Wellington deixou de atender minhas ligações. A pergunta que precisa ser feita é: se estávamos juntos em 2016, dobradinha em 2018, as conversas seguiam avançando, já que estamos ou estávamos no mesmo campo político, o que levou o deputado Wellington a mudar de postura?”, questionou.

As declarações de Braide sobre o posicionamento de Wellington do Curso, rebatendo o tucano no mesmo nível e apontando a ele como traidor, mostram que o pré-candidato do Podemos teme e tenta evitar eventual desgaste eleitoral com o caso mal resolvido pelo PSDB, e por isso já tenta reverter a situação.

Sobre a aliança que teria sido firmada em 2018 entre Eduardo Braide e Roberto Rocha, Wellington tem dito que não poderia ter agido com má-educação na convenção do PSDB daquele ano, que por isso não houve resposta imediata durante o evento, e que o próprio senador, ao longo de 2020, deu declarações por mais de uma vez desmentindo tal acordo, e sempre reafirmando que o partido tinha pré-candidato próprio para a prefeitura de São Luís.



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