Neto Evangelista diz que cobrança sobre o VLT, promessa eleitoreira, é patética
Política

Neto Evangelista diz que cobrança sobre o VLT, promessa eleitoreira, é patética

Mais de R$ 7,8 milhões foram retirados dos cofres públicos para bancar o veículo, que fez apenas um passeio de 800 metros

O deputado estadual e candidato a prefeito de São Luís pelo DEM, Neto Evangelista, rebateu de forma agressiva a lembrança de que ele, juntamente com João Castelo (já falecido), são os autores da maior promessa eleitoreira da capital, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Mais de R$ 7,8 milhões foram retirados dos cofres públicos para bancar a promessa eleitoreira.

“É patético atribuir a mim a falência de um projeto que eu não tinha poder para executar”, disse, nessa terça-feira 3, em entrevista à TV Mirante.

Nas eleições de 2012, quando disputou pela primeira vez o Palácio de La Ravardière, na vaga de vice de Castelo, Neto Evangelista apareceu na propaganda eleitoral e deu entrevistas garantindo à população de São Luís que havia projeto e recursos para a implantação do VLT, que, segundo ele, entraria em operação em dezembro de 2012, como solução de transporte público em São Luís.

De acordo com a promessa, o VLT sairia da Praia Grande, na Avenida Beira-Mar, e se estenderia até o aeroporto de São Luís, no Tirirical. Uma segunda linha teria como destino a área Itaqui-Bacanga, e outras linhas seriam criadas posteriormente.

O veículo, porém, fez apenas uma única viagem, um passeio de 800 metros, até onde ia os poucos dormentes dos trilhos que chegaram a ser colocados: do Terminal da Integração da Praia Grande até as proximidades do Mercado do Peixe. Após permanecer por cerca de dois anos parado no terminal, se deteriorando e alvo de vândalos, a sucata foi desmontada e guardada em um galpão alugado da empresa Transnordestina Logística S.A, no Tirirical, ao custo do contribuinte.

Apenas recentemente, oito anos depois, em resposta a uma seguidora no Twitter, o candidato a prefeito do DEM assumiu, pela primeira e única vez, que o projeto apresentado na campanha eleitoral de 2012 era inviável.



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