‘Possuía alguns erros’, assume Neto Evangelista sobre VLT, oito anos depois
Política

‘Possuía alguns erros’, assume Neto Evangelista sobre VLT, oito anos depois

Promessa eleitoreira custou mais de R$ 7,8 milhões aos cofres da Prefeitura de São Luís, novamente disputada pelo candidato do DEM

O deputado estadual e candidato do DEM à prefeitura de São Luís, Neto Evangelista, quebrou o silêncio e voltou a falar sobre o VLT (Veiculo Leve sob Trilhos), uma das maiores promessas eleitoreiras conhecidas na capital. Em resposta a uma seguidora no Twitter, nessa quarta-feira 28, o democrata assumiu que o projeto apresentado na campanha eleitoral de 2012 era inviável. Naquele pleito, ele disputou e perdeu a eleição para o Palácio de La Ravardière como vice na chapa de João Castelo (já falecido).

“Quando fui candidato a vice-prefeito, conheci a proposta de implantação do VLT. Acreditei no projeto, sim, pois São Luís de fato precisava inovar o seu sistema de transporte, principalmente, naquela região do Anel Viário, que possui uma circulação intensa de pessoas. Infelizmente soube depois que o projeto possuía alguns erros, o que o inviabilizou”, admitiu, pela primeira vez.

O reconhecimento ocorre oito anos depois de Neto Evangelista garantir, da tribuna da Assembleia Legislativa e em entrevistas à imprensa, que havia projeto técnico e previsão orçamentária para implantação do VLT.

Mais de R$ 7,8 milhões foram retirados dos cofres públicos para bancar a promessa eleitoreira —e não devem retornar ao erário com a confissão do novamente candidato ao Poder Executivo da capital.

Segundo a promessa de Castelo e Neto, o VLT entraria em operação em dezembro de 2012, como solução de transporte público em São Luís. Inicialmente, sairia da Praia Grande, na Avenida Beira-Mar, e se estenderia até o aeroporto de São Luís, no Tirirical. Uma segunda linha teria como destino a área Itaqui-Bacanga, e outras linhas seriam criadas posteriormente.

O veículo, porém, fez apenas uma única viagem, um passeio de 800 metros, até onde ia os poucos dormentes dos trilhos que chegaram a ser colocados: do Terminal da Integração da Praia Grande até as proximidades do Mercado do Peixe. Após permanecer por cerca de dois anos parado no terminal, se deteriorando e alvo de vândalos, a sucata foi desmontada e guardada em um galpão alugado da empresa Transnordestina Logística S.A, no Tirirical, ao custo do contribuinte.



Comentários 3

  1. Artur

    O único erro aí é do NETO ter recebido o apoio do grupo político que sepultou o VLT e condena nossa população a utilizar meio de transporte defasado e ineficiente.

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