Neto apaga tuítes em que dizia que VLT era ‘verdade’ e ‘sonho de infância’
Política

Neto apaga tuítes em que dizia que VLT era ‘verdade’ e ‘sonho de infância’

Candidato tenta esconder do eleitorado de São Luís declarações sobre uma das maiores promessas eleitoreiras da capital. Projeto consumiu mais de R$ 7,8 milhões dos cofres públicos

Após voltar a tentar se esquivar e novamente jogar a culpa apenas em João Castelo (já falecido) pelo VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos), uma das maiores promessas eleitoreiras da capital, o candidato do DEM à prefeitura de São Luís, deputado Neto Evangelista, apagou uma série de publicações no Twitter em que rebatia a desconfiança da população sobre a proposta de mobilidade urbana dele e seu cabeça de chapa nas eleições de 2012.

“VLT é um projeto fantástico. É meu sonho de infância um transporte como este em SLZ. E a primeira linha já está sendo feita. É normal a oposição ficar contra. Mas temos que lembrar que projetos como o VLT são pra melhorar a vida do povo”, escreveu Neto à época, em duas das publicações deletadas.

“Muitas pessoas falando sobre a chegada do VLT hoje em São Luís nas nossas redes. É verdade sim, gente. Em breve mais infos”, disse em outra, também deletada.

“Tá chegando! O VLT tem lugar pra todo tudo, até pra quem não acreditava”, dizia em outro comentário apagado do Twitter.

As publicações foram deletadas após a jornalista Giovana Kury, do Rumbora Marocar, durante o debate da TV Guará, realizado na noite dessa quinta-feira 5, encontrar os tuítes do candidato à prefeitura. Os prints também foram feitos por ela.

Além do risco do PDT —há mais de três décadas enraizado no Palácio de La Ravardière— ficar mais quatro anos no comando da prefeitura da capital, o VLT é a umas das principais vidraças de Neto Evangelista, o que pode ter levado o candidato a tentar esconder do eleitorado ludovicense como ele se associou a João Castelo para vender o projeto como algo viável. Apenas recentemente, oito anos depois, e somente nesta única vez, ele admitiu que o VLT, nas novas palavras dele, “possuía alguns erros”.

Propagandeado como solução de transporte público na capital por Neto Evangelista, então vice de João Castelo nas eleições de 2012, o VLT consumiu mais de R$ 7,8 milhões dos cofres públicos.

Segundo a propaganda, o VLT sairia da Praia Grande, na Avenida Beira-Mar, e se estenderia até o aeroporto de São Luís, no Tirirical. Uma segunda linha teria como destino a área Itaqui-Bacanga, e outras linhas seriam criadas posteriormente.

O veículo, porém, fez apenas uma única viagem, um passeio de 800 metros, até onde ia os poucos dormentes dos trilhos que chegaram a ser colocados: do Terminal da Integração da Praia Grande até as proximidades do Mercado do Peixe. Após permanecer por cerca de dois anos parado no terminal, se deteriorando e alvo de vândalos, a sucata foi desmontada e guardada em um galpão alugado da empresa Transnordestina Logística S.A, no Tirirical, ao custo do contribuinte.



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