O senador Weverton Rocha (PDT) repetiu, em nota encaminhada ao ATUAL7 na tarde deste sábado 30, o que já havia sido publicado sobre a compra de postos de combustíveis que, segundo a força-tarefa da Operação Jenga, pertenciam, de fato, ao agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan.
Conforme já havia mostrado o ATUAL7 com base em informação exclusiva revelada pelo blog do Werbeth Saraiva, Weverton disse que não comprou as empresas que detinham o controle sobre a estrutura dos postos Joyce V e Joyce VI, mas que criou uma nova, e justificou –sem responder questionamentos sobre contratos com o poder público e uso dos estabelecimentos pela organização criminosa comandada pelo agiota para lavagem de dinheiro de prefeituras municipais– que a venda de combustíveis é legal.
“Trata-se de uma empresa nova e que, portanto, não foi adquirida/comprada de ninguém, mas sim constituída por seus sócios com capital privado (sem qualquer dinheiro público), na forma da lei. Explora atividade econômica lícita, dentro de todos os parâmetros, conformidades, e autorizações legalmente previstas”, disse.
Apesar de não ter feito sucessão, mas apenas transação empresarial, isto é, não há responsabilidade de Weverton e sócios pelos débitos e problemas judiciais deixados por Pacovan, a negociação envolveu a estrutura dos postos utilizados pelo agiota desbaratado pela Operação Jenga.
Condenado em primeira instância em dezembro do ano passado com outras 21 pessoas por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, Pacovan também sempre alegou, em sua defesa, que as transações comerciais e bancárias realizadas por meio dos postos eram livres de ilícitos. Segundo as investigações, mais de R$ 200 milhões foram movimentados pela orcrim, em três anos.
Além do senador, são sócios na redecombudevantagens.com.br, nome fantasia dos postos Petro São Francisco Ltda e Petro São José Ltda, o prefeito de Igarapé Grande e presidente da Famem, Erlânio Xavier (PDT), e Cyntia Vanessa de Sousa Muniz, nomeada como membro do CAE (Conselho de Alimentar Escolar) na gestão do pedetista no município, pelo período 2018/2026. O capital social de cada posto do trio é de R$ 150 mil.
Deixe um comentário