Esperado para a primeira e mais aguardada oitiva da nova fase da CPI dos Combustíveis na Assembleia Legislativa do Maranhão, o secretário estadual da Fazenda, Marcellus Ribeiro, não compareceu à sessão extraordinária dessa quarta-feira (19). Em seu lugar, os integrantes do colegiado tiveram de ouvir um auditor da pasta, Felipe Caldeira, que em diversas situações declarou não ter conhecimento sobre questionamentos técnicos feitos pelo deputado Wellington do Curso (PSDB), único integrante da oposição na comissão.
Como participaria na condição de convidado, não havia obrigatoriedade no comparecimento. Contudo, a ausência acabou demonstrando desprestígio do governo Flávio Dino (PCdoB) à CPI, integrada maioritariamente por deputados da situação.
Durante a sessão extraordinária, o presidente da comissão, deputado Duarte Júnior, revelou que a CPI quebrou o sigilo fiscal de distribuidores de mais de 180 postos de combustíveis da Região Metropolitana da Grande São Luís, incluindo os que eram controlados pelo agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, mas que agora pertencem ao senador Weverton Rocha e ao prefeito de Igarapé Grande e presidente da Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão), Erlânio Xavier, ambos do PDT.
O ATUAL7 teve acesso aos dados sigilosos colhidos pela CPI. Uma das possíveis ilegalidades já detectadas é que pelo menos um dos postos ainda controlado por Pacovan possa estar sendo usado para lavagem de dinheiro. Segundo os dados, embora tenha adquirido combustível apenas duas vezes em 2021, há diversos registros de venda no estabelecimento durante todos os dias do período levantado.
A CPI volta a se reunir nesta quinta-feira (20), quando começa a ouvir donos de distribuidoras. Nas próximas sessões, começaram a ser convidados os donos de postos.
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