CPI dos Combustíveis não terá prorrogação, adianta relator

Marcada para esta terça-feira (6), oitiva de Pacovan marca fim da comissão instalada pela Alema para apurar supostas irregularidades nos preços dos combustíveis no Maranhão

O relator da CPI dos Combustíveis na Assembleia Legislativa do Maranhão, Roberto Costa (MDB), adiantou ao ATUAL7 nesta segunda-feira (5) que não pretende pedir a prorrogação dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito.

“Não terá prorrogação”, respondeu, enfático, ao ser questionado se tratou com o presidente do colegiado, Duarte Júnior (PSB), sobre a possibilidade das investigações continuarem por mais 60 dias.

Também procurado, Duarte não retornou as tentativas de contato.

A CPI vai ouvir nesta terça-feira (6) o verdadeiro proprietário do posto Joyce VII, Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan.

Embora documentos relacionados à quebra de sigilo fiscal do empreendimento apontem suposto descaminho e lavagem de dinheiro, ele foi convocado na condição de testemunha, em vez de investigado. Neste sentido, é obrigado a responder todas os questionamentos dos deputados.

Ao ATUAL7, Pacovan disse ter recebido com tranquilidade a confirmação de sua convocação.

Contando os dias para eu ir. Espero que todos os deputados da Casa estejam lá, que perguntem tudo que quiserem. Vou responder tudo. E gostaria da cobertura em massa da imprensa, pois vou mostrar a verdade”, declarou.

Relator da CPI, o deputado Roberto Costa tem até o próximo dia 13 para apresentar relatório circunstanciado, com suas conclusões, fundamentado nos depoimentos e documentos em posse da comissão. O documento deve ser publicado no Diário Oficial da Alema e encaminhado à Mesa Diretora, Ministério Público, Governo do Maranhão e à comissão permanente da Casa que tenha maior pertinência com a matéria, à qual incumbirá fiscalizar a adoção de providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo pelo Poder Executivo estadual.

Criada em março deste ano, a comissão parlamentar de inquérito teve como objetivo inicial apurar supostas irregularidades envolvendo sucessivos aumentos de preços dos combustíveis no estado no início de 2021, que estariam acima dos reajustes autorizados pela Petrobras.

Após ser desprestigiada pelo secretário estadual da Fazenda, Marcellus Ribeiro, a CPI dos Combustíveis perdeu força, parou de compartilhar dados com órgãos que o próprio colegiado pediu auxílio nas apurações e tentou ampliar o foco das investigações. O avanço sobre Pacovan e da pandemia da Covid-19 no estado, porém, somado à quebra de sigilo de postos do senador Weverton Rocha (PDT), provocou novo revés aos trabalhos, que tendem a terminar como começou: com o litro da gasolina caro no Maranhão.


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