O governador Flávio Dino (PSB) anunciou a pessoas próximas que vai antecipar para o próximo mês a declaração pública de apoio ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB) como seu candidato ao Palácio dos Leões na eleição de 2022. Inicialmente, o anúncio estava previsto para ocorrer em novembro.
O neosocialista tentou manter para a disputa eleitoral do próximo ano a coalização de partidos que ainda compõem seu governo, mas decidiu não tolerar mais o que tem classificado como “petulância” e “afronta” do senador Weverton Rocha (PDT) e do entorno do pedetista, até mesmo com ataques a programas de sua gestão.
A gota d’água, segundo interlocutores de Dino, foi a reiteração de um discurso em atos de campanha antecipada do pedetista pelo interior maranhense, de que a eleição de Weverton para o Governo do Estado representaria a chegada de um segundo governo popular ao Maranhão, tendo sido o de Jackson Lago, já falecido, o primeiro.
A leitura dinista é de que a criação intencional do hiato, isto é, a não citação ao governo atual e seus feitos, traduz uma traição maior do que a do senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que rompeu com Flávio Dino após ser colocado no Senado Federal.
Neste sentido, somado a diversas outras declarações vistas como insultuosas, como não depender do governador maranhense e de menosprezo à importância da função de vice na esfera pública, Weverton estaria ainda manifestando notório desinteresse em cumprir com compromissos constantes em uma carta assinada de punho próprio, de que, se eleito governador, daria continuidade a ações exitosas do governo Dino em políticas públicas.
Além da declaração de apoio a eleição de Brandão para o Palácio dos Leões, o que já vinha sendo desenhada nos bastidores e por meio de gestos públicos, o governador do Maranhão irá também mudar o comando do Departamento de Trânsito do Maranhão, o Detran, hoje sob controle do PDT de Weverton. A vice para a legenda também está descartada.
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