Organização criminosa de Luciano Genésio ampliou desvios de recursos após saber de investigação, diz PF

TRF-1 determinou o afastamento do prefeito de Pinheiro do cargo. Esquema envolve contratos de R$ 38 milhões destinados para a educação e saúde do município

Em vez de diminuídos ou mesmo cessados, os desvios de recursos públicos federais desviados pela gestão Luciano Genésio (PP) de contratos de R$ 38 milhões destinados à saúde e educação de Pinheiro foram ampliados após os membros da organização criminosa haverem tomado conhecimento de que estavam sob investigação.

A audácia causou surpresa à própria PF, segundo o delegado federal Roberto Santos Costa, da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, a DELECOR/DRCOR, da Superintendência Regional da PF no Maranhão.

“Causou um certo espanto na Polícia Federal o fato de que os investigados já tinham ciência da investigação e sido intimados para serem ouvidos, e, mesmo assim, não cessaram as condutas criminosas. Ao que parece, até aumentaram as movimentações financeiras no esquema criminoso”, declarou Costa durante coletiva de imprensa sobre a Operação Irmandade, deflagrada nessa quarta-feira (13) no município, São Luís e em Palmeirândia.

Ao todo, 60 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de sequestro de valores. As determinações judiciais foram expedidas pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. Um dos alvos foi a residência de Luciano Genésio em Pinheiro, suspeito ainda de práticas de fraude à licitação, peculato e lavagem de capitais.

O prefeito de Pinheiro também foi afastado do cargo por determinação do TRF-1, e está proibido de acessar ou frequentar as dependências da prefeitura e de manter contato com outros alvos da operação, e não pode se ausentar da cidade durante a investigação.

Procurada pelo ATUAL7, a defesa do prefeito encaminhou, horas depois, nota de teor populista divulgada pelo gestor municipal nas redes sociais, em que ele nada fala especificamente sobre os indícios de crimes apontados pela PF, mas garante ser “homem responsável e obediente às leis”.

Segundo a investigação, que ainda tramita sob sigilo, duas empresas contratadas pela gestão municipal e que seriam pertencentes ao próprio Luciano Genésio teriam transferido parte dos recursos públicos recebidos da prefeitura para a conta pessoal do mandatário logo após os pagamentos.

A PF diz que a denominação “Irmandade” faz referência à composição da organização criminosa, que possui, tanto no núcleo político, quanto no núcleo empresarial, irmãos entre os participantes do estratagema criminoso.


Comentários

7 respostas para “Organização criminosa de Luciano Genésio ampliou desvios de recursos após saber de investigação, diz PF”

  1. Concordo com as investigações da PF mas, deveria ser ampliada a outras prefeituras como exemplo podemos citar as prefeituras de Igarapé do Meio e Pio XII -MA. Ambas são comandadas pelos irmãos: Almeida e Aurélio da farmacia respectivamente. Estes sao capitaniados pelo já conhecido da justiça, Josimar de Maranhãozinho.
    Tais prefeituras estao sendo saqueadas, funcionarios tendo que contribuir mais para suas aposentadorias, obras com valores
    sul reais entre outros.
    Basta investigar e vocês verão.

  2. Concordo com as investigações da PF mas, deveria ser ampliada a outras prefeituras como exemplo podemos citar as prefeituras de Igarapé do Meio e Pio XII -MA. Ambas são comandadas pelos irmãos: Almeida e Aurélio da farmacia respectivamente. Estes sao capitaniados pelo já conhecido da justiça, Josimar de Maranhãozinho.
    Tais prefeituras estao sendo saqueadas, funcionarios tendo que contribuir mais para suas aposentadorias, obras com valores
    sul reais entre outros.
    Basta investigar e vocês verão.

  3. […] Ao todo, 60 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de sequestro de valores. Um dos alvos foi a residência de Luciano Genésio em Pinheiro, que ao tomar conhecimento da investigação, segundo a PF, ampliou o desvio de recursos públicos. […]

  4. […] do mandatário em Pinheiro. Embora já tivesse conhecimento da investigação, segundo a PF, ele ampliou o desvio do dinheiro público federal destinado ao município para as áreas de saúde e […]

  5. […] A PF diz que, ao tomar conhecimento de que era alvo de investigação, em vez de diminuir ou mesmo cessar os desvios, a organização criminosa ampliou a movimentação financeira ilícita. […]

  6. […] A PF diz que, ao tomar conhecimento de que era alvo de investigação, em vez de diminuir ou mesmo cessar os desvios, a organização criminosa ampliou a movimentação financeira ilícita. […]

  7. […] O prefeito de Pinheiro João Luciano da Silva Soares, conhecido como Luciano Genésio (PP), foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob acusação de prática dos crimes de desvio de recursos, lavagem de dinheiro e de liderar organização criminosa. […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *