O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) não construiu as 25 creches de tempo integral prometidas durante a campanha eleitoral de 2012 e a única que existe na capital, a Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, localizada no bairro da Camboa, está tomada de goteiras e de rachaduras no teto.
A denúncia é do deputado estadual Wellington do Curso (PPS), vice-presidente da Comissão de Educação e de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa do Maranhão, ao se pronunciar sobre visita à unidade semana passada. Segundo o parlamentar, mesmo horas depois das chuvas, professores foram obrigados a manter baldes espalhados pelas creche escola, para que as salas não ficassem inundadas.
“Na semana passada estivemos visitando a creche Maria de Jesus Carvalho, que fica muito próxima a Praça do Jumento, na Camboa. Nós chegamos ao período de chuvas e a chuva já havia cessado por volta das 7 horas da manhã, e mesmo já sendo quase 11 horas, em alguns locais, algumas dependências estavam com baldes para aparar as goteiras, a chuva. A Prefeitura de São Luís não construiu as 25 creches prometidas por Edivaldo Júnior em outubro de 2012 e única que existe tem goteiras e rachaduras no teto”, denunciou.
Durante o pronunciamento, Wellington chamou a atenção dos colegas de Parlamento para o fato de que as escolas públicas de São Luís, nas últimas semanas, passaram a ser alvo de vandalismos e invasões, e denunciou que única creche escola pública de São Luís de tempo integral está sem vidraças nas janelas e sem cerca de proteção em partes do muro, o que, além de permitir a passagem de água das chuvas para dentro da unidade, facilita a entrada de vândalos. Em outubro do ano passado, o Atual7 já havia chamado atenção para o problema.
“Quero também alertar que encontramos as janelas sem vidraças e sem cerca de proteção em partes do muro, o que acaba por viabilizar a ação de vândalos, já que eles passam a ter, literalmente, ‘abertura’ à creche. Como resultado, os pais e as mães que deixam seus filhos ali ficam com medo e receio de que a violência alcance suas crianças. Por isso, trazemos a esta Casa o revoltante fato que ali encontramos”, frisou.
Ainda segundo o deputado, que informou já ter solicitado ao prefeito e ao secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, para que realizem em caráter de urgência a manutenção das vidraças, do muro e do teto na creche escola, por a unidade ser próxima da recém-reformada Praça do Jumento, os animais passaram a ser deslocados para as proximidades da Maria de Jesus Carvalho, onde estariam urinando e defecando.
“Além disso, os animais de tração que ficavam na Praça do Jumento não tem mais acomodação e eles estão sendo deslocados para as imediações da creche, e estão urinando, defecando na calçada na proximidade da creche. Em determinados momentos tem o odor, o mau cheiro e tudo o mais que possa advir dos dejetos próximos à creche”, disse.
Wellington do Curso disse ainda que ficou constato o abandono das escolas públicas de São Luís, e culpou o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o secretário Geraldo Castro por deixarem a única creche escola de São Luís de tempo integral “à mercê dos marginais”.
“E você que está acompanhando nosso pronunciamento na TV Assembleia pode perguntar: deputado Wellington tirou para pegar no pé do prefeito, hoje, nesta quinta-feira, 4 de fevereiro? Não! É a preocupação que as mães, que os pais têm, e que ninguém está lá para resolver! As escolas públicas de São Luís estão jogadas, estão à mercê. E estão à mercê do descaso, estão à mercê dos marginais, da falta de responsabilidade do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e do secretário Geraldo Castro, que é professor. Ora, senhor prefeito e senhor secretário, estamos lidando com vidas. Com as crianças que serão o futuro de nossa capital. Como podemos dizer que queremos que nossas crianças sejam os futuros médicos, advogados ou engenheiros quando sequer educação pré-fundamental concedemos? Não há lógica que explique tal raciocínio. Assim sendo, esperamos que a prefeitura adote providências e realize a reforma urgente da creche. Não se pode querer uma juventude universitária quando se maltrata a educação infantil”, alertou.