Flávia Alves
Flávia Alves avança em montagem de alianças, cresce na disputa e preocupa Rubens Júnior e Zé Carlos
Política

Embora esteja disputando uma eleição pela primeira vez, ela tem conquistado forte apoio popular e já recebeu a adesão de mais de 70 lideranças municipais de peso. Segundo dados do TSE, desde 2014 que o Maranhão não elege uma mulher para a Câmara

A pedagoga e advogada Flávia Alves se tornou a principal preocupação dos petistas Rubens Pereira Júnior e Zé Carlos, eleitos para a Câmara dos Deputados em 2018, e que agora buscam a reeleição pela Federação Brasil da Esperança –formada pelo PT, PCdoB e PV.

Candidata a deputada federal pelo PCdoB, antigo partido do ex-governador Flávio Dino, ela tem avançado na formação de alianças e crescido na disputa eleitoral de 2022. Segundo publicações em suas redes sociais, embora esteja disputando uma eleição pela primeira vez, ela tem conquistado forte apoio popular e já recebeu a adesão de mais de 70 lideranças municipais de peso, de primeira ou segunda forças políticas.

Também nas redes, tem feito lives para dialogar sobre projetos em que pretende trabalhar no Congresso, relacionados à justiça social, educação, desenvolvimento regional e, principalmente, defesa da mulher. Sobre essa última bandeira, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a última vez em que o Maranhão elegeu uma mulher para a Câmara foi nas eleições de 2014.

“Acredito que as mulheres precisam de mais representatividade na política e coloco meu nome para ajudar o Maranhão a seguir no caminho do crescimento”, diz ela, em uma publicação em que garante que lutará pelos direitos das mulheres e pela igualdade entre gêneros.

Com o fim das coligações nas eleições proporcionais, o PT se juntou ao PCdoB e ao PV em federação partidária. O mecanismo, principal mudança nas regras eleitorais para este ano, permite que os partidos se aliem na disputa eleitoral como uma só legenda, de forma similar como ocorria com as coligações partidárias, se unindo no cálculo do quociente eleitoral –patamar mínimo de votos para eleger um deputado.

Nas eleições de 2018, o PT do Maranhão conseguiu eleger apenas um deputado, Zé Carlos, o PCdoB-MA, dois, Márcio Jerry e Rubens Júnior. Já o PV-MA, nenhum.

Equipes das campanhas dos três deputados maranhenses que disputam reeleição avaliam que o número de eleitos em 2022 para a Câmara no estado, pela Federação Brasil da Esperança, deve se repetir.

Jerry no caso, é o único considerado reeleito com facilidade, pela força familiar que ainda dispõe nos cofres do Palácio dos Leões, principalmente na Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, a poderosa SECID, onde foi substituído pela esposa, Lene Rodrigues. É ele quem também comanda no Maranhão o PCdoB, tendo já recebido R$ 2,95 milhões da direção nacional do partido, a maior entre os comunistas do estado.

A leitura em relação a Zé Carlos e Rubens Júnior, porém, é de que, desta vez, um dos outros dois pode ficar de fora na lista de eleitos. Essa terceira vaga que Flávia Alves pode conquistar.

Gastão Vieira também disputa a reeleição pela federação, agora pelo PT, por ter assumido em alguns momentos da atual legislatura o mandato de deputado federal, como suplente em exercício. Contudo, como não conseguiu sequer ser eleito no pleito anterior e mantém uma campanha fraca na corrida deste ano, não tem sido considerado na conta.

Flávia Alves foi escolhida candidata, mostrou o ATUAL7, na esteira da indicação de seu irmão, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), para a coordenação da campanha de Dino ao Senado.

A direção nacional do Partido Comunista do Brasil tem apostado nela, tendo já repassado para a campanha da candidata à Câmara, até o momento, R$ 1,5 milhão.

Privilegiada, ela ganhou do partido o número 6565, considerado fácil de se memorizar, e que nas duas últimas eleições pertencia justamente a Rubens Pereira Júnior, agora ameaçado de não conseguir renovar o mandato.

O mesmo número já foi também utilizado pelo ex-governador Flávio Dino, quando concorreu à Câmara em 2006.

Irmã de Othelino Neto tenta eleição para Câmara com número que era de Rubens Júnior
Política

Antes de se aventurar na vida pública, Flávia Alves era empregada no gabinete do desembargador José Jorge no TJ-MA, no cargo em comissão de assessora

A empresária e advogada Flávia Alves, irmã do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto, tenta pela primeira vez as urnas em busca de um mandato na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022. Ambos são do PCdoB.

Privilegiada, ela ganhou do partido o número 6565, considerado fácil de se memorizar, e que nas duas últimas eleições pertencia ao deputado federal Rubens Pereira Júnior, ex-comunista que agora tenta a reeleição ao cargo pelo PT.

O mesmo número já foi também utilizado pelo ex-governador do Maranhão Flávio Dino, quando concorreu à Câmara em 2006.

Antes de se aventurar na vida pública, segundo informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ela era empregada no gabinete do desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos no Tribunal de Justiça do Estado, no cargo em comissão de assessora.

À Justiça Eleitoral, Flávia Alves declarou patrimônio de R$ 3,7 milhões.

O valor corresponde a quatro apartamentos, no total de R$ 2,95 milhões, duas casas, no total de 240 mil, uma caderneta de poupança de 400,2 mil e R$ 69,99 mil em quotas ou quinhões de capital nas empresas Léo Madeiras, que mantém com o marido, Eduardo Gedeon Maciel, e na Alves e Maciel, empreiteira em que é sócia com a cunhada Ana Paulo Lobato, mulher de Othelino Neto, vice-prefeita de Pinheiro e candidata à primeira suplente de Flávio Dino ao Senado.