Transparência Internacional
Brasil cai em ranking de corrupção, diz Transparência Internacional
Política

País aparece na 106ª posição em índice que leva em conta a percepção de executivos, investidores, acadêmicos e estudiosos da área da transparência. É o pior resultado desde 2012

O Brasil alcançou sua pior colocação no ranking sobre a percepção da corrupção elaborado pela Transparência Internacional. O País aparece na 106ª posição entre 180 países avaliados pelo IPC (Índice de Percepção da Corrupção) em 2019, divulgado nesta quinta-feira 23.

Segundo a organização não-governamental, é o quinto recuo seguido do Brasil e representa o pior resultado desde 2012. Em 2018, ficou na 105ª colocação. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.

O relatório da Transparência Internacional aponta como entraves ao combate à corrupção no País o que classificou como “interferência política” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em órgãos de controle e a paralisação de investigações que utilizavam dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão de inteligência financeira que investiga operações suspeitas, que passou a se chamar UIF (Unidade de Inteligência Financeira).

Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia lideram o ranking. Síria, Sudão do Sul e Somália são considerados os países mais corruptos. Entre os países da América do Sul, o Brasil está atrás de Uruguai, Chile e Argentina, e à frente de Bolívia, Paraguai e Venezuela.

O ranking da Transparência Brasil analisa aspectos como propina, desvio de recursos públicos, burocracia excessiva, nepotismo e habilidade dos governos em conter a corrupção. O IPC é calculado com base nos níveis percebidos de corrupção no setor público por executivos, investidores, acadêmicos e estudiosos da área da transparência.

Percepção da corrupção no Brasil é a pior dos últimos sete anos
Brasil

País caiu nove posições em ranking global. Estudo é elaborado com base em quão corrupto o setor público é percebido por especialistas e executivos de empresas

O Brasil caiu nove posições e agora ocupa a 105ª colocação, em um conjunto de 180 países analisados, no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Elaborado pela Transparência Internacional, o estudo, referente ao ano de 2018, foi divulgado nesta terça-feira 29.

Segundo o relatório, a nota do país foi de 35 pontos no ano passado, a mais baixa nos últimos sete anos, contra 37 em 2017. A escala vai de 0 a 100 e quanto menor o valor, maior a percepção de corrupção.

O IPC faz essa classificação com base em quão corrupto o setor público é percebido por especialistas e executivos de empresas, de acordo com 13 pesquisas e relatórios independentes.

No caso do Brasil, que teve a terceira redução seguida na pontuação, ele empata na lista com Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Peru, Timor Leste e Zâmbia.

Para a Transparência Internacional, os esforços contra a corrupção no Brasil, como a Operação Lava Jato, foram notáveis, mas não representam uma resposta às causas estruturais do problema. “Para o país efetivamente avançar e mudar de patamar no controle da corrupção, são necessárias reformas legais e institucionais que verdadeiramente alterem as condições que perpetuam a corrupção sistêmica no Brasil”, afirmou a ONG.

A nota mais alta entre os países analisados, e por isso com percepção da corrupção menor, foi da Dinamarca (88 pontos), que é seguida por Nova Zelândia (87), Finlândia, Singapura, Suécia, Suíça (todos com 85) e Noruega (84). Já as últimas posições da lista são ocupadas por Coreia do Norte, Iêmen (ambos com 14), Sudão do Sul, Síria (ambos com 13) e Somália (10).

Lava Jato derruba o Brasil no ranking da corrupção
Política

O Brasil aparece na posição 76, uma queda de sete postos no índice que inclui 168 países, liderado pela Dinamarca

AFP

As economias emergentes continuam lutando para eliminar a corrupção, afirma o relatório anual da organização Transparência Internacional, que destacou o aumento da percepção da corrupção no Brasil após o escândalo da Petrobras.

“Não é surpreendente que o Brasil, afetado pelo maior escândalo de corrupção de sua história pelo caso Petrobras, tenha sido o país da América que mais caiu no índice este ano”, afirma a organização em um comunicado.

O Brasil aparece na posição 76, uma queda de sete postos no índice que inclui 168 países, liderado pela Dinamarca.

Os países latino-americanos considerados menos corruptos, segundo o relatório, são Uruguai (21), Chile (23) e Costa Rica (40).