Espionagem: Comissão da Câmara analisará pedido para ouvir Bardal e Ney Anderson
Cotidiano

Espionagem: Comissão da Câmara analisará pedido para ouvir Bardal e Ney Anderson

Requirimento foi apresentado pelo deputado Aluísio Mendes. Delegados acusam Jefferson Portela de ordenar espionagem a desembargadores do Maranhão

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados vai analisar requerimento para que seja realizada audiência pública para ouvir os delegados da Polícia Civil maranhense Tiago Bardal e Ney Anderson.

O pedido à comissão foi apresentado pelo deputado federal Aluísio Mendes (Pode-MA), nesta quarta-feira 22. Policial federal licenciado para exercer o mandato na Casa, ele já comandou a pasta da Segurança Pública do Estado, durante o governo de Roseana Sarney (MDB).

Conforme vem mostrando o ATUAL7, Tiago Bardal e Ney Anderson acusam o secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, dentre outros supostos ilícitos, de haver ordenado escutas ilegais a desembargadores do Poder Judiciário do Maranhão.

Nessa terça-feira 22, por meio de nota, Portela negou as acusações, e ameaçou responsabilizar criminalmente os delegados, que durante a gestão do próprio acusado chefiaram a Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais) e DCCO (Departamento de Combate ao Crime Organizado), coração e braço direto da inteligência da Polícia Civil maranhense.

Um dia antes da manifestação pública do titular da SSP-MA, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Joaquim Figueiredo, encaminhou ofício à PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), solicitando a abertura de investigação “rigorosa e imparcial” sobre as denúncias. Também enviou as requisições ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que acompanhem o inquérito.

Uma auditoria no sistema guardião ou consulta ao banco de dados das operadoras de telefonia, que podem ser realizadas por ordem judicial no bojo das investigações, confirmaria se houve ou não a suposta arapongagem.



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