PGJ vai ouvir Tiago Bardal sobre caso de espionagem envolvendo Jefferson Portela
Cotidiano

PGJ vai ouvir Tiago Bardal sobre caso de espionagem envolvendo Jefferson Portela

Procedimento foi instaurado a pedido do presidente do TJ, Joaquim Figueiredo. Ex-chefe da Seic acusa titular da SSP de investigar ilegalmente quatro desembargadores da corte

A PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), órgão máximo do Ministério Público, pretende ouvir o ex-chefe da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais), Tiago Mattos Bardal, sobre supostas ordens para investigações ilegais a quatro desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Segundo o blog do Marco D'Éça, que divulgou a informação, o depoimento está marcado para esta terça-feira 6. Bardal será ouvido pelos promotores Adélia Maria Sousa Rodrigues Morais, Geraulides Mendonça Castro, Ilana Franco Boueres Laender Morais e Marcos Valentim Pinheiro Paixão, todos integrantes da Assessoria Especial de investigação do órgão, exclusiva para apurar atos ilícitos praticados por agentes políticos detentores de foro por prerrogativa de função.

Neste caso, o alvo da investigação é o secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela.

Em março último, em oitiva à 2ª Vara Criminal de São Luís, Tiago Bardal revelou que Portela teria cometido diversos crimes a frente da SSP. Um deles, segundo o ex-chefe da Seic, diz respeito a supostas ordens para que fossem investigados à margem da lei os desembargadores Froz Sobrinho, Tyrone Silva, Guerreiro Júnior e Nelma Sarney. Jefferson Portela nega.

Para apurar a acusação, o presidente do Poder Judiciário maranhense, desembargador Joaquim Figueiredo, encaminhou pedido de investigação à PGJ, além da acompanhamento sobre o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Será no bojo dessa notícia de fato que Tiago Bardal será ouvido.

Há ainda um outro pedido de investigação sobre as acusações do ex-chefe da Seic contra o titular da SSP, requerendo o afastamento imediato de Portela do cargo e auditoria no sistema Guardião, protocolado pelo deputado federal Edilázio Júnior (PSD).



Comente esta reportagem