O Maranhão registrou, nessa quinta-feira 7, novo recorde de casos confirmados e mortes por Covid-19, em apenas 24 horas. Até às 21 horas dessa quinta-feira 7, foram acrescidos no boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado da Saúde) mais 520 pessoas infectadas e 25 novos óbitos em decorrência da doença.
Agora, o estado tem ao todo 5.909 casos de infecção e 330 mortes provocadas pelo novo coronavírus. No recorde anterior de casos, registrado no último dia 6, mais 498 pessoas foram diagnosticadas com Covid-19.
Enquanto o governador Flávio Dino (PCdoB) se preocupa em rebater nas redes sociais e em entrevistas o, até o momento, fracasso do lockdown decretado por determinação da Justiça para a capital e os outros três municípios da Aglomeração Urbana de São Luís, a pandemia avança e já alcança 133 municípios do interior maranhense, com 1.701 pessoas confirmados da doença e 48 óbitos provocados pelo novo coronavírus.
Do dia 13 de abril —quando entrou em vigor o decreto 35.731, em que o comunista cedeu a pressão de entidades empresariais e liberou aos prefeitos, nos termos das regras estaduais, a responsabilidade sobre a reabertura do comércio e do isolamento social em seus respectivos municípios— até ontem, o aumento no número de casos foi de 5.309%.
Segundo o balanço da própria SES, no dia 13 de abril, eram 32 casos positivos em apenas 18 municípios do interior do Maranhão, e nenhuma morte nessas cidades. Até ontem, porém, esse número saltou para 1.701 casos e 48 óbitos em 133 cidades do interior, por problemas relacionados ao novo coronavírus.
A quantidade de cidades com registro de pessoas contaminadas só não é maior porque o Governo do Maranhão, de forma confusa e sem maiores detalhes, vez por outra, muda o município de registro inicial da infecção da Covid-19, sob a alegação de que o paciente diagnosticado reside em outro lugar.
A falta de dados detalhados sobres os casos confirmados e de mortes pela doença, inclusive, tem marcado a gestão estadual, desde o início da pandemia.
Além de, logo após os primeiros casos confirmados, ter passado a omitir a relação de municípios com registros de suspeitos de infecção, a SES não divulga caso a caso, o que dificulta o acompanhamento sobre a real propagação da doença. Sem esses dados, não é possível ao cidadão saber, por exemplo, quantas pessoas em determinado município passou da classificação de suspeito para confirmado, ou para óbito. Nem para recuperado.
Também não há qualquer informação sobre como está sendo aplicado os recursos recebidos pelo Governo Federal, nem a distribuição dos testes para Covid-19 e as unidades hospitalares onde estão instalados os leitos clínicos e de UTI reservados para tratamento de pacientes com a doença. Além disso, apenas os municípios da Ilha do Maranhão têm o detalhamento por bairros e, ainda assim, apenas em relação a casos confirmados, não sendo informado a quantidade de óbitos, suspeitos e recuperados, em cada.
Devido à falta de transparência, ao menos duas ações civis públicas, uma do Ministério Público do Maranhão e outra da DPE (Defensoria Pública do Estado), tramitam na Vara de Interesses Difusos e Coletivos para que a Justiça obrigue o governo de Flávio Dino a passar a divulgar, com atualização diária, essas informações omitidas. As ações estão aos cuidados do juiz Douglas de Melo Martins, o mesmo que determinou a Dino a decretação de lockdown em São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar.
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