Maranhão ultrapassa 1,7 mil mortes por Covid-19 sob o silêncio de Dino

Mais de 70 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus no estado

O Maranhão ultrapassou, neste domingo 21, a marca de mais de 1,7 mil pessoas mortas pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Apesar da tragédia, até o momento, o governador Flávio Dino (PCdoB) não se manifestou nas redes sociais a respeito das perdas.

Nas quatro publicações no Twitter nas últimas 24 horas, o comunista repercutiu o que já havia postado dias antes: que participará, nesta segunda-feira 22, de um debate online sobre o atual momento político brasileiro; e sobre a inauguração do hospital regional de Viana, e finalização da montagem da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Paço do Lumiar. Também publicou sobre o nascimento de trigêmeos na rede estadual pública de saúde, e o aumento do número de pessoas no Maranhão consideradas recuperadas da Covid-19.

Nenhuma postagem de luto, solidariedade ou condolências às famílias das 1.721 vítimas do novo coronavírus no estado, que sequer tiveram a chance de se despedir e de enterrar com dignidade seus entes queridos.

O silêncio sobre as mortes e a divulgação de agendas política e positiva em meio ao avanço da pandemia, na verdade, é uma cópia do que vem fazendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem por conveniência política Dino se diz desafeto —como dizia ser do ex-senador José Sarney (MDB-MA). Até o destaque no número de pessoas recuperadas, ignorando o número de mortos, também está sendo copiado por sua gestão, inclusive. Falta apenas reproduzir um Placar da Vida maranhense.

Além do aumento dos óbitos por Covid-19, segundo dados da SES (Secretaria de Estado da Saúde), em meio a autorização até antecipada para reabertura de serviços e comércio não essenciais, o Maranhão também enfrenta uma escalada de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que avança pelo interior.

De acordo com o boletim epidemiológico da pasta, 70.059 pessoas já foram diagnosticadas com a doença no estado, e outras 1.868 são investigadas sob suspeita de terem contraído.

Como há um apagão nos dados, já que não há transparência quanto aos testes represados à espera de confirmação e a maioria dos infectados pela Covid-19 no Maranhão tem a confirmação do diagnóstico quando já está recuperada da doença ou morta, o número real de casos tende a ser ainda maior.


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