Júnior Lourenço e Eduardo Belfort são alvo de operação que apura desvios de R$ 22 milhões

Deflagrada pela Seccor e Gaeco, Laços de Família cumpre mandados de busca e apreensão em São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Miranda do Norte e Bom Jardim

Os ex-prefeitos de Miranda do Norte, Júnior Lourenço (PL) e Eduardo Belfort (PSDB), foram alvo na manhã desta quarta-feira (15) de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil e Ministério Público do Maranhão. Embora, atualmente, Lourenço seja deputado federal, a ostensiva não tem relação com o mandato parlamentar, que lhe garantiria prerrogativa de foro.

A operação denominada Laços de Família é um desdobramento de denúncia do TCU (Tribunal de Contas da União) que apura esquema multimilionário de direcionamento de licitações por organização criminosa, por meio de empresas de fachada.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de São Luís, e cumpridos nos municípios de São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Miranda do Norte e Bom Jardim. As diligências foram realizadas nas residências dos investigados e em sedes da Prefeitura de Miranda do Norte e de empresas.

Participam da operação 24 equipes da Polícia Civil, compostas por delegados, investigadores e escrivães da Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção), além dos promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate às Organizações Criminosas), do Ministério Público.

A investigação, de acordo com o Ministério Público, aponta que a organização criminosa desviou mais de R$ 22 milhões da Prefeitura de Miranda do Norte por meio de processos licitatórios e contratos fraudulentos celebrados entre a Prefeitura de Miranda do Norte e as empresas PM Construções e Serviços Ltda, F Cipião Prazeres e J Rodrigues Macedo, que não tinham capacidade técnica nem lastro financeiro para cumprir os contratos firmados. Também descobriu indícios de que Júnior Lourenço e Eduardo Belfort estariam utilizando recursos públicos para quitar dívidas pessoais junto ao TCU.

Familiares, empregados e amigos do ex-gestores teriam ligação com o esquema, segundo a investigação.


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