Delegados da Polícia Civil do Maranhão decidirão, em Assembleia Geral na sede da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Maranhão, em São Luís, na próxima segunda-feira (13), pela paralisação ou não das atividades da categoria em todo o estado, por tempo indeterminado, em protesto contra o governo Flávio Dino.
Desde o início do novo governo, em janeiro deste ano, os delegados tentam dialogar com Flávio Dino por melhores condições de trabalho – agravada principalmente pela indevida custódia de presos de justiça nas repartições policiais, sobretudo no interior do estado – , sendo recebidos em reunião somente pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, e pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, onde ficou acertado o prazo máximo de 90 dias para atender aos pleitos dos delegados.
Nesse meio tempo, ofendido nos brios por a Adepol ter dado entrada em um ofício que confirmava esses 90 dias para a implantação das medidas que favoreceriam a categoria, o governador do Maranhão foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) argumentar contra a implantação da equiparação salarial dos delegados a de procuradores do Estado.
A animosidade entre os delegados e o comunista aumentou ainda mais quando se descobriu que, diferentemente de outros governadores, Dino não somente autorizou que a PGE entrasse com mais um recurso protelatório contra os delegados, como também assinou um recurso dentro de uma nova ação, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF, contra dispositivos da Lei 4.983/1989, do Estado do Maranhão, que estabelece isonomia remuneratória entre as carreiras de procurador do estado e delegado de polícia, o que foi recebido pela categoria como uma tentativa de demarcação nitidamente contrária às suas reivindicações – além de desqualificar o trabalho de todos os delegados do Maranhão, colocando-os de pouca importância para o Estado em relação ao trabalho desenvolvido pelos procuradores.
Segundo fonte ouvida pelo Atual7, como o prazo dado por Tavares e Jefferson estoura neste domingo (12), caso o governo estadual continue a se negar em responder as tentativas de acordo, ou permaneça sem qualquer indicativo de abertura de diálogo, a categoria decidirá pela greve.
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