O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, derrubou na quinta-feira 27, durante depoimento na CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados, alegação dada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para a paralisação de mais de 500 grandes obras no estado nos setores de educação, saúde e infraestrutura.
Desde que assumiu o comando do Palácio dos Leões, Dino tem culpado a gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) pela paralisação das obras. Segundo o comunista, o próprio BNDES não teria dado o aval para a continuação das obras por suspeita de desvio de recursos públicos na gestão da peemedebista.
Tudo mentira.
Ao responder a um questionamento feito pelo deputado federal e sub-relator da CPI, André Fufuca (PEN-MA), sobre o real motivo da paralisação de obras financiadas pelo banco no Maranhão, Coutinho foi categórico ao apontar o real culpado: “A questão tem que ser dirigida ao Governo do Maranhão”.
Segundo explicou o dirigente da instituição financeira, houve, no governo Flávio Dino, “remanejamento e replanejamento” da aplicação dos recursos do BNDES concedidos por empréstimos ao Governo do Estado e, por isso, cabe ao Executivo estadual explicar as paralisações.
“Isso causa inquietação na população do nosso estado. No Maranhão, hoje, essas […] seriam obras de grande porte para o nosso estado. E essas obras encontram-se paralisadas. E eu lhe pergunto: qual a razão para a paralisação de mais de 500 obras num estado tão pobre como o estado do Maranhão?”, perguntou o parlamentar maranhense.
“A questão tem que ser dirigida ao Governo do Maranhão, porque, na verdade, o novo governo assumiu, fez um reavaliação, decidiu remanejar e replanejar, de maneira que o que nós poderemos lhe fornecer são as informações e o faremos”, respondeu Luciano Coutinho.
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