A deputada federal e pré-candidata a Prefeitura de São Luís, Eliziane Gama (PPS), líder absoluta em todas as pesquisas de intenção de votos divulgadas e ocultadas, começa a por em marcha na capital a reprodução de um fato histórico ocorrido inicialmente no estado do Acre e, recentemente, repetido no Maranhão.
Em 1998, no Acre, iniciou-se o principal exemplo do sucesso de uma política ampla de alianças. Naquele estado reinava uma horda selvagem que abrigava em seus quadros gente do naipe de Hildebrando Pascoal, que ficou conhecido como “o deputado da motosserra”, por liderar um grupo de extermínio com ações assassinas até no Maranhão.
Para derrotar esse tipo de gente, forças concorrentes se uniram em nome da superação do atraso político. Partidos antagônicos, como PSDB e PT, nacionalmente adversários, estiveram no mesmo palanque e, juntos, varreram do mapa acriano o terror promovido pela quadrilha que amassava os cofres públicos e aterrorizada a esperança da população.
Em 2014, o que ficou conhecido como “solução acriana” chegou ao Maranhão, por meio do então candidato ao governo estadual, Flávio Dino (PCdoB), que reuniu diversos partidos e atores políticos para, segundo o comunista, colocar a democracia em prática. Como no Acre, Dino foi eleito com ampla maioria dos votos e apoio popular.
Um ano depois, agora em 2015, com muito diálogo e esforço para o entendimento, a união de legendas e lideranças arqui-rivais em prol de um mesmo projeto caminha para a mesma vitória, mas com um objetivo muito maior que as das duas frentes anteriores: a de se organizar em torno da candidatura de Eliziane Gama para varrer para as celas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas a quadrilha que há quase dois anos e oito meses opera e assalta os cofres da Prefeitura de São Luís.
Para tirar do poder quem está preocupado em se locupletar do erário público da capital, a pré-candidata já abriu diálogo com nove partidos: PSB, PMDB, PP, PR, DEM, PSD, PSDB, PEN e PTB. Com exceção de PMDB e PSD, todos com conversas avançadas junto às direções nacional, estadual e municipal das legendas e, das nove, pelo menos quatro já saindo do namoro para o casamento.
Diante da evolução significativa nos diálogos, até o fim deste mês, outros dois partidos devem se unir ao projeto, e há ainda a possibilidade de mais outros dois em seguida.
Na luta contra o aparato político-administrativo da gangue que se instalou na Praça Dom Pedro II, além da liderança absoluta em todas as pesquisas e da aliança com partidos das mais variadas orientações ideológicas, a pré-candidata conta ainda com a simpatia e presença forte dos colegas da bancada federal, José Reinaldo Tavares (PSB) e Waldir Maranhão (PP).
Reconhecidos bons articuladores e corresponsáveis pela vitória de Dino contra a oligarquia Sarney em outubro passado, ambos assumiram a responsabilidade de aglutinar as mais diversas correntes políticas em uma frente ampla de oposição ao fracassado modelo da atual administração de São Luís, que tenta agora, há poucos meses da eleição, sem ter cumprido a nenhuma de suas promessas de campanha, tapar buracos, abraçar a população em programas eleitoreiros e cooptar legendas sangue sugas em torno de seu nome por meio de convênios suspeitos.
Deixe um comentário