Relatório da Polícia Federal relacionado à Operação Sermão aos Peixes, que investiga suposto desvio de dinheiro público federal da Saúde no Maranhão por meio de entes privados - Organização Social (OS) e Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) - desde 2004, mas direcionou as investigações do Inquérito Policial 0680/2012 apenas para a gestão do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), mostra que a PF colheu elementos comprobatórios que apontam para o favorecimento da ex-primeira-dama Alexandra Tavares por parte do Instituto Cidadania e Natureza, criado na época em que seu ex-esposo, o hoje deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), comandava o Palácio dos Leões.
É o que mostra as páginas 37 e 38 do Volume 04 do inquérito, baseado inicialmente em fontes abertas, como blogs, Diário Oficial do Estado do Maranhão e sites de transparência. O documento, obtido com exclusividade pelo Atual7, relata inclusive que foi no governo Zé Reinaldo, especificamente no ano de 2005, que o ICN passou a ser classificado como OS por meio de um Decreto Estadual, de n.º 21.766.
Um fato curioso é que um das provas colhidas pela Polícia Federal que apontam para o favorecimento da ex-mulher de Zé Reinaldo no suposto esquema criminoso de desvio de dinheiro público cita o extinto jornal Veja Agora, de propriedade de Ricardo Murad, como fonte. No trecho, colhido de um blog, é descrito uma visita feita por auditores do Ministério da Saúde à SES, e é dito que um funcionário da pasta, que preferiu ficar no anonimato, teria relatado que os auditores ficaram impressionados com as "inúmeras irregularidades" encontradas na aplicação e prestação de contas dos recursos da Saúde.
Em outro trecho, mais grave, é informado que pelo menos 140 milhões de reais percebidos pelo ICN para administração dos hospitais em todo o Maranhão teriam sido utilizados "em benefício de nomes intimamente ligados à ex-primeira-dama". "É uma denúncia antiga. Feita pelo jornal Veja Agora, em 2006, em edições de 18 de fevereiro e 12 de agosto daquele ano", diz.
O documento informa ainda que Alexandra Tavares - atualmente nomeada em alto cargo na Assembleia Legislativa do Maranhão, mas suspeita de ser funcionária fantasma -, teria colocado o ICN e seus dirigentes para gerenciar o Centervida (Centro Integrado de Atendimento à Saúde), que teria beneficiado como os recursos públicos até mesmo o hoje senador João Capiberibe (PSB-AP), que é adversário do ex-senador José Sarney e aliado do governador Flávio Dino (PCdoB).
Ainda na folha 38 do Volume 04 do relatório, conforme pode ser observado abaixo, também é citado outro suspeito de se locupletar de dinheiro público da Saúde, o ex-chefe da Casa Civil, Aderson Lago, pai do secretário Rodrigo Lago, titular de Transparência e Controle do governo Flávio Dino. Ele - nomeado, mas também suspeito de ser funcionário fantasma da Assembleia Legislativa - teria, segundo informa o relatório da Polícia Federal, desviado parte do repasse mensal de 120 mil reais para a manutenção de um hospital em Mata Roma. O dinheiro teria sido sacado por seus assessores. Aderson teria afanado ainda, segundo a fonte aberta colhida pela PF, pelo menos 100 mil reais dos 550 mil reais destinados para um convênio para compra de remédios no município de Caxias. Todo o dinheiro teria sido transferido para a conta de uma empresa no Rio de Janeiro, a Ópera Prima, de propriedade de um outro filho seu, Aderson Neto, irmão de Rodrigo Lago.
"Isso tudo em 2006", diz o trecho do relatório.
PF pela tangente
O Atual7 questionou da Polícia Federal os motivos que levaram as investigações ao direcionamento somente para os anos de 2010 a 2013, já que o próprio relatório relacionado à Operação Sermão aos Peixes contém provas que mostram o envolvimento de várias pessoas em gestões anteriores a do ex-secretário Ricardo Murad. A reportagem questionou ainda o motivo da PF não se pronunciar sobre as provas colhidas nos primeiros volumes do relatório, já que somente as interceptações telefônicas continuam sob sigilo da Justiça.
Em resposta, a Assessoria de Comunicação da Polícia Federal no Maranhão disse apenas que não se pronuncia sobre investigações em andamento, embora tenha afirmado na mesma nota que poderia, por o Inquérito Policial 0680/2012, já finalizado, não estar mais revestido de sigilo.
Yuri pelo visto vc tá mal informado e orientado por alguém que com certeza está encrencado com a Federal de verdade.
Então vamos lá:
1) A ex primeira dama nao fazia mais parte do Governo à época deste documento que vc
Postou, 2006. Nem casada mais com o Ex Governador ela era;
2) O inquérito citado por vc se encontra arquivado, pois nunca encontraram nada contra a Ex Primeira Dama Alexandra;
3) O Jornal Veja agora citado por vc é utilizado como fonte, foi processado, julgado e condenado pela justiça, justamente por causa destas injúrias, calúnias e difamações, conforme vc poderá confirmar no processo n 3531/2006, onde o jornal representado por Caio Hostilio e seu patrão Ricardo Murad, foram condenados a indenização por danos morais no valor de RS 25.696,00 reais;
4) O próximo será vc, mesmo sabendo que vc não terá de onde tirar, te prepara!
Reclame com a Polícia Federal. Fica na Cohama, em São Luís, a sede da Regional do Maranhão. Vá lá e diga aos delegados que eles estão mal informados, já que eles quem incluíram essas informações no relatório relacionado à Operação Sermão aos Peixes.
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