Em crise com o partido camarada na disputa pela filiação de nomes importantes em São Paulo e no Maranhão para o pleito deste ano, o PDT saiu na frente e desbancou o PCdoB já na corrida presidencial de 2018. Enquanto a presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, a deputada federal Luciana Santos (PE) – bem como seu ex-presidente, Renato Rabelo – não tem coragem de embarcar na insinuação desavergonhada do governador do Maranhão, Flávio Dino, o presidente nacional do PDT, o carioca Carlos Lupi, se antecipou e ofereceu o ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e da Integração Nacional do governo Lula, Ciro Gomes, como “plano B” aos petistas.
O pulo do gato aconteceu na quinta-feita passada 21, na sede do PDT em Brasília, durante evento em que a Diretório Nacional do partido fechou questão contra o impedimento da presidente Dilma Rousseff – que tem uma relação especial com os pedetistas, já que antes de entrar no PT, ela foi filiada à legenda.
Apesar da odisseia movida por Dino, também contra o pedido de impeachment aberto contra a presidente pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma retribuiu o aceno do PDT e afagou o ex-ministro Ciro Gomes. “A gente não briga com uma pessoa que, ao longo do tempo, mostrou imensa lealdade e capacidade de luta. Estou à disposição”.
Um dia antes, Lupi já havia afirmado que “parcela significativa” dos lideres petistas apoia o nome de Ciro para presidente em 2018.
Dentro dos Leões
Não é a primeira vez que o PDT, na figura de seu presidente Nacional, desmonta a estratégia do governador Flávio Dino – e de seu secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso – de ser o candidato a sucessão da presidente Dilma.
Em dezembro do ano passado, durante ato político dentro do Palácio dos Leões, sede do governo estadual, também pela manutenção da petista no cargo, Lupi lançou Ciro Gomes como pré-candidato a presidente na frente do próprio governador do Maranhão.
Apesar de ter fechado a cara para o presidente do PDT após a audácia, Dino tratou de disfarçar e, consciente da falta de força e apoio de seu próprio partido para disputar a Presidência em 2018, foi obrigado a silenciar diante da “oportunidade eleitoral” aproveitada por Carlos Lupi.
Caso a candidatura de Ciro Gomes se confirme, será a terceira vez que o ex-ministro disputa o Palácio do Planalto. Ele foi candidato à presidente em 1998 e 2002, terminando em terceiro e quarto lugar na disputa, respectivamente.
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