No mesmo em dia em que foi anunciado pelo PT como pré-candidato a vice-prefeito de São Luís na chapa de reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o ex-presidente da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mário Macieira, teve suas contas reprovadas pelo Conselho Seccional da OAB-MA.
Em reunião realizada nessa quinta-feira 21, os conselheiros estaduais rejeitaram a prestação de contas do petista na Seccional referente ao ano de 2015.
Entre as diversas irregularidades encontradas pelos conselheiros da OAB maranhense estão os gastos superiores a arrecadação no ano de 2015, em mais de R$ 1 milhão; o aumento das despesas em 46% acima do permitido durante o período eleitoral; e o comprometimento do fluxo de caixa que deveria ter sido deixado para a gestão seguinte pagar as contas dos antigos diretores.
O mais grave é que os conselheiros constataram ainda a realização de pagamentos por uma obra em Bacabal em descompasso com o efetivamente realizado pela construtora.
Diante das revelações, a dúvida levantada nas redes sociais e em grupos de WhatsApp por advogados e alunos de Macieira na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é que, se o ex-presidente da OAB-MA fosse eleito vice-prefeito da capital na chapa de Edivaldo Júnior, as obras em São Luís e o uso do dinheiro público acabariam sendo geridos da mesma forma.
É fato que tardou, como o ATUAL7 já vinha revelando desde o uso da máquina na campanha para a Presidência da Seccional maranhense, mas a conta chegou. Marcada por uma gestão festiva com organização de shows nacionais, como os Paralamas do Sucesso, Titãs, Leci Brandão, Preta Gil entre outros, a gestão Macieira deixou um rombo para a atual gestão, do jovem advogado Thiago Diaz.
O pior é que o grupinho comando por Macieira ainda se sente ressentido com a histórica derrota para o grupo de Diaz. Desde a queda da Oligarquia Macieira, aliás, que esse grupo tenta de todas as formas justificar a conta que não fechava. Contudo, não deu outra, já que o foi o próprio Conselho Seccional da OAB-MA, em sua maioria, quem decidiu pela reprovação das contas.
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