Um compromisso feito pelo presidente Michel Temer (PMDB) com partidos aliados, desde maio deste ano, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ainda estava na iminência de ser cassada por crime de responsabilidade, acaba com qualquer possibilidade de efetivação de um suposto acerto entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito de São Luís e candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Segundo o suposto acerto entre Dino e Edivaldo, se reeleito no próximo dia 30, o pedetista ficará apenas dois anos no comando do Palácio de la Ravardiére, quando deixará a prefeitura no colo de seu vice de chapa, o sindicalista Júlio Pinheiro (PCdoB), para disputar uma das duas vagas ao Senado que o Maranhão tem direito em 2018. O assunto tem sido explorado de forma terrorista por diversos setores ligados ao deputado estadual e candidato a prefeito de São Luís pelo PMN, Eduardo Braide, principalmente pelo jornal O Estado, da família Sarney, como forma de tirar votos de Edivaldo.
Contudo, conforme revelado pelo ATUAL7 há mais de cinco meses, e confirmado há uma semana pela jornalista Denise Rothenburg, do jornal Correio Braziliense, cresce em Brasília um princípio de acordo entre Temer, PMDB, DEM, PSB e PSDB para extinguir a reeleição para cargos majoritários em 2017, para valer já em 2018.
O acerto, que ainda não foi concretizado devido ao fato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter o filho como governador de Alagoas, com possibilidade de concorrer a mais um mandato, ganhou corpo nas últimas semanas após receber o forte interesse do ex-senador José Sarney (PMDB-AM). Caso a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) saia das conversas de bastidores e seja colocada em votação e aprovada no Congresso Nacional, Flávio Dino ficará impossibilitado de concorrer à reeleição, tendo como alternativas buscar uma das vagas ao Senado ou a vice-presidência – para presidente da República, segundo os próprios prognósticos comunista, seria suicídio.
Com isso, tendo Flávio Dino de lutar para ser ele o eleito a senador em 2018, não haverá possibilidade de emplacar o segundo nome ao Senado, já que o grupo Sarney estará fortalecido para reconquistar o Palácio dos Leões e a outra vaga ao Senado – ou mesmo as duas. Logo, com a PEC do Fim da Reeleição à porta, Dino não tem sequer como pensar em fazer qualquer acerto com Edivaldo, já que terá de garantir, pelo menos, a salvação de sua própria carreira política.
Além disso, antes de qualquer conversa em Brasília sobre o fim da reeleição para cargos majoritários, já havia um acerto entre Flávio Dino e o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Humberto Coutinho (PDT), para que o oligarca de Caxias, que é seu padrinho político, seja o candidato oficial do governo ao Senado.
Já a outra vaga, o acerto de Dino é para que esta seja ocupada pelo vice-presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que tomou a vaga e o lugar ao sol no coração do comunista, anteriormente dominado pelo ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB-MA). Contra eles disputa ainda o próprio presidente estadual do PDT, partido de Edivaldo Júnior, o deputado federal black bloc Weverton Rocha.
O resto é balela e puro terrorismo eleitoral.
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