A menos de quatro dias para a população de São Luís ir as urnas decidir quem comandará a cidade pelos próximos quatro anos, a disputa eleitoral na capital ficou polarizada entre o deputado estadual Wellington do Curso (PP) e o governador Flávio Dino (PCdoB), que não concorrem ao pleito mas dividem a atenção do eleitorado após declarações públicas de voto neste segundo turno.
A polarização, que já começava a ser desenhada no último fim de semana, foi confirmada nessa segunda-feira 24, quando Wellington utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para declarar apoio e voto ao candidato do PMN, Eduardo Braide.
Diante da forte repercussão, o governador Flávio Dino, que já havia descido do muro e gravado um vídeo que iria ao ar somente na próxima sexta-feira 28, resolveu antecipar a declaração de voto e correu para o Twitter, afirmando que continuará caminhando com o prefeito de São Luís e candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Por ordem de Dino, a gravação foi ao ar na noite daquele dia.
Embora já tenha se passado quase dois dias da declaração de voto de ambos, nos bastidores, em rodas de profissionais de imprensa, publicações na mídia local, grupos de WhatsApp e Telegram, e, principalmente, nas redes sociais, o assunto principal deixou de ser os candidatos Eduardo Braide e Edivaldo Júnior — e até mesmo o debate da TV Mirante, que acontece depois de amanhã — e passou a ser a disputa entre o progressista e o comunista, sobre qual dos dois terá mais influência junto ao eleitorado nessa reta final da eleição.
Para alguns, Wellington é quem sairá vitorioso na disputa com o governador do Maranhão. A justificativa para isso é que, mesmo não indo para o segundo turno como candidato, Wellington é o fiel da balança na decisão do pleito, pois sua declaração de voto teria não apenas consolidado o apoio de seus eleitores que já haviam decido por Eduardo Braide, mas como também, diante de sua carisma, os que estavam indecisos.
Já para outros, a entrada pública de Flávio Dino na disputa é que pode ser interpretada como fiel da balança na eleição, pois teria confirmado aos eleitores que têm medo de arriscar numa mudança de gestão que a parceria entre Governo do Estado e Prefeitura de São Luís ficará mais consolidada ainda se Edivaldo for reeleito prefeito.
Analistas e torcidas à parte, a resposta de quem realmente decidiu a eleição com a sua entrada no segundo turno, porém, só será revelada na abertura das urnas no próximo domingo 30, com influência direta em 2018 e 2020.
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