Polarização no segundo turno em São Luís está sendo entre Wellington do Curso e Flávio Dino

Wellington desafia Flávio Dino a ir às ruas e aumenta polarização em São Luís

Progressista e comunista disputam influência e carisma sobre o eleitorado da capital do Maranhão

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) lançou um desafio ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), nesta quarta-feira 26, para que ambos percorram as ruas da capital afim de conhecer a realidade enfrentada pela população São Luís.

“Eu quero convidar o governador Flávio Dino para ir às ruas e ouvir a população. (…) Vamos às ruas, escutar e conversar com o povo. Governador, vamos visitar a São Luís da realidade e não a da propaganda”, desafiou.

A quatro dias da população ludovicense ir novamente às as urnas decidir quem comandará a cidade pelos próximos quatro anos, a disputa neste segundo turno está polarizada entre o progressista e o comunista, desde que Wellington declarou voto no candidato a prefeito pelo PMN, o também deputado estadual Eduardo Braide; e Dino, como resposta imediata diante da forte repercussão, correu para o Twitter para avisar aos seus seguidores que havia saído do muro e declarado voto do prefeito de São Luís e candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

No primeiro turno, apesar de deputado de primeiro mandato e ter pouco menos de dois anos de carreira política, Wellington conquistou a terceira colocação na disputa, com 103.951 votos. Embora independente no parlamento estadual, até as últimas semanas que antecederam a votação do dia 5 de outubro, o deputado do PP fazia parte da base de apoio ao governador Flávio Dino na votação de matérias de interesse do governo na Assembleia. Contudo, diante da serie de ataques orquestrados pelo Palácio dos Leões à sua candidatura, que contou até com monitoramento clandestino feito por um carro que seria da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, Wellington acabou deixando a base do governo.

Ciente da liderança política e popular alcançada por Wellington nestas eleições, Flávio Dino evitou responder ao desafio e teria confessado a aliados mais próximos que teme que a declaração de voto do progressista dê a vitória à Eduardo Braide no próximo dia 30. O medo do comunista é que, além da possível derrota de seu candidato, a influência e o carisma de Wellington em São Luís e em outros municípios do estado interfiram em seu projeto de poder a longo prazo, isto é, nas eleições de 2018 e 2020.


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