Josimar, Detinha e Josinha Cunha tentaram habeas corpus para evitar prisão
Política

Josimar, Detinha e Josinha Cunha tentaram habeas corpus para evitar prisão

Pedido foi feito ao TRF 1. Outras pessoas ligadas a Maranhãozinho também recorreram ao tribunal com medo de serem presas

O deputado estadual Josimar Cunha Rodrigues, o Josimar de Maranhãozinho ou Moral da BR (PR), que foi beneficiado com R$ 150 mil doados pela empresa Ecovix, envolvida na Lava Jato, impetrou pelo menos dois habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região para evitar ser preso pela Polícia Federal (PF).

Baixe o primeiro habeas corpus impetrado por Josimar de Maranhãozinho
Baixe o segundo habeas corpus impetrado por Josimar de Maranhãozinho

Josimar de Maranhão e a esposa, a ex-prefeita de Centro do Guilherme, Detinha. Ambos tentaram evitar prisão pela PF com o habeas corpus
Divulgação Casal metralha Josimar de Maranhão e a esposa, a ex-prefeita de Centro do Guilherme, Detinha. Ambos tentaram evitar prisão pela PF com o habeas corpus

A ação ocorreu em janeiro de 2013, logo após ele e outras dez pessoas haverem sido indiciados pela PF pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando, durante a Operação COPII — cupim, em tupi-guarani —, deflagrada meses antes com o objetivo de reprimir a prática de extração irregular de madeira em terras indígenas localizadas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme, região Oeste do Maranhão.

Além de Josimar, os habeas corpus para evitar prisão pela Polícia Federal também abrigavam a ex-prefeita de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha, esposa do parlamentar; e Maria Josenilda Cunha Rodrigues, a Josinha Cunha, prefeita de Zé Doca e irmã de Josimar de Maranhãozinho.

Os pedidos abrigavam, ainda, a secretária de Administração de Maranhãozinho, Vera Maria Xavier Silva; e Luciana Macedo Barbosa, ex-presidente da CPL do município de Maranhãozinho, atualmente nomeada no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão.

Quase todos são filiados ao Partido da República, que tem Josimar como presidente estadual.

Além de fuga à possível prisão, eles tentavam adiar depoimentos perante o delegado de polícia responsável pela operação COPII, Alexandre Lucena. Contudo, ao julgar os pedidos, o desembargador federal Hilton Queiroz negou-lhe seguimento. Segundo Queiroz, por a parte coatora ser delegado da Polícia Federal, o habeas corpus não era de competência daquela Corte.

Ao ATUAL7, o advogado Rogério Chaves Souza, do escritório Carlos Sérgio de Carvalho Barros – Advogados Associados, que defendeu o clã Cunha na processo, informou que não atende mais a conta da parte criminal no escritório. A reportagem tentou contato com o advogado Carlos Sérgio, mas ele não retornou. O deputado Josimar e os demais pacientes do habeas corpus não foram localizados até a publicação desta matéria.

Operação COPII

De acordo com as investigações da PF, o deputado estadual mais votado do Maranhão era o cabeça da organização criminosa que cobrada uma taxa para a entrada de caminhões na Reserva Indígena Alto Turiaçu, para extração de grande quantidade de madeira de forma ilegal.

À época da operação, a PF chegou a cumprir mandatos de busca e apreensão na prefeitura de Maranhãozinho e no escritório do Josimar, em São Luís. Ele e a esposa, Detinha, chegaram se evadir do local com a chegada da polícia.



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