O governo Flávio Dino, do PCdoB, em pouco mais de mil dias no comando do Palácio dos Leões, já fechou mais de R$ 46,4 milhões em contratos com uma empresa pertencente a um aliado do próprio partido.
Trata-se da Makete Construções e Terraplenagem. Registrada na Receita Federal com sede no município de maranhense de São Bernado, a empreiteira tem como proprietário José de Ribamar de Moura Rezende, candidato derrotado a vice-prefeito pelo PTC no município de Magalhães de Almeida, nas eleições de 2016, numa chapa encabeçada pelo PCdoB — partido ao qual se divulgou inicialmente, equivocadamente, que ele pertencia.
Ao todo, Rezende, nome escolhido pelo empresário ligado ao comunistas, tem pelo menos quatro contrato firmados com governo Dino, todos com a Secretaria de Estado da Infraestrutura, comandada por Clayton Noleto, também comunista.
O valor de cada contrato varia de obra para obra, mas todos alcançam a cifra de milhões.
Pela ordem dos acordos já fechados, são R$ 26.422.620,14 para melhoramento e pavimentação da MA-312, trecho Araioses/Povoado Montevidi e acesso aos povoados Carnaubeira, Bolacha e Barreirinhas, com extensão de 39,30 quilômetros; R$ 11.703.635,86 para execução de dos serviços de implantação do corredor de ligação entre a MA-201 com a Avenida Jerônimo de Albuquerque, via bairro do Cohatrac, por meio já batizada, mesmo inexistente, Ponte do Pátio Norte; outros R$ 1.836.917,59 para construção de ponte mista em concreto e aço no bairro Campo Velho, em Tuntum; e mais R$ 6.471.155,20 para execução de obras e serviços de engenharia para construção da ponte sobre o Rio Novo, no município de Paulino Neves.
Alguns desses contratos, a exemplo do corredor e da ponte em Tuntum, estão com obras em atraso gigantesco de entrega ou, inaugurada recentemente, apresentando a execução mal feita, não aguentando a primeira chuva.
Outro lado
Procurados pelo ATUAL7 a se posicionar sobre a coincidência, o Governo do Maranhão e a Makete não retornaram o contato. Apenas o secretário Clayton Noleto, procurado pessoalmente, se manifestou.
De acordo com o titular da Sinfra, antes do contrato ser assinado, a documentação é examinada por uma uma unidade específica na pasta, que faz a checagem sobre o preenchimento dos requisitos legais. Caso não haja impedimento, o contrato é assinado.
“Existe uma unidade gestora de contratos e convênios, que emite os contratos pra assinatura lá na Sinfra. Agora, eles fazem toda a checagem de toda a documentação da empresa, se preencher os requisitos legais, o contrato é assinado”, declarou.
Ainda segundo Clayton Noleto, ele não possuía conhecimento de que o proprietário da empreiteira havia concorrido a vice-prefeito de Magalhães de Almeida em 2016, em aliança com o PCdoB. Noleto alegou que nunca viu o empresário, que assinou os contratos sempre em separado do proprietário da empreiteira e que manteve apenas um rápido contato com um representante da contratada, identificado por ele apenas como “Rezende”, coincidentemente o mesmo sobrenome do proprietário da Makete.
“Não, eu não sei dizer! Eu não tive contato com ele. Eu conversei com uma pessoa lá da Makete, o Rezende. Se apresentou como sendo o representante da empresa. Agora, eu não sabia que ele tinha sido candidato... Qual foi o município?”, ainda questionou.
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