Três maranhenses ajudam Temer na CCJ, incluindo aliados de Dino
Política

Três maranhenses ajudam Temer na CCJ, incluindo aliados de Dino

Comissão aprovou parecer pelo arquivamento da segunda denúncia contra o presidente e dois de seus ministros

Todos os três parlamentares da bancada do Maranhão que participaram da votação sobre a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, registraram posição pela aprovação do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), favorável ao arquivamento da acusação da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o peemedebista e dois de seus ministros mais próximos.

No total, foram 39 votos, contra 26 e uma abstenção. A votação aconteceu nesta quarta-feira 18. O relatório segue agora para apreciação do plenário da Câmara, em votação na semana que vem.

Pelo Maranhão, colaborou para a vitória de Temer os deputados Cléber Verde (PRB), Juscelino Filho (DEM) e Hildo Rocha (PMDB). Apenas o último é aliado do ex-senador José Sarney (PMDB), sendo os dois primeiros neo aliados do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já com cargos no Palácio dos Leões ou a indicar para tornar oficializada a aliança que já acontece nos bastidores.

O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), que votaria na contramão do trio, não pode participar da votação, segundo afirmou ao ATUAL7, em razão de estar acompanhando a sua esposa numa cirurgia. “Mas PCdoB votou pelo prosseguimento da denúncia. Meu suplente votou”, ressaltou.

Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por organização criminosa com base nas delações do empresário Joesley Batista e do operador financeiro Lúcio Funaro. Segundo a PGR, o grupo teria recebido pelo menos R$ 587 milhões de propina dos últimos anos, oriundos de órgãos como Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Furnas.

O presidente da República também foi denunciado, sozinho, por obstrução de Justiça. Temer teria cometido o crime ao, segundo a PGR, ter dado aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso pela Lava Jato.



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