Quase três anos após assumir o comando do Palácio dos Leões e do Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) começa a trocar, desavergonhadamente, a promessa de mudança e fim de velhas práticas da política e reestrutura para si o mesmo sistema oligárquico criado pelo ex-senador José Sarney (PMDB).
Para vencer as eleições de outubro de 2018, Dino abandonou o discurso ideológico de libertação e passou a lotear o Governo do Maranhão, negociando cargos abertamente, em troca de apoios de partidos e lideranças criadas pelo seu, diz ele, adversário político.
E o comunista já conta com um time de peso para se manter no poder.
Ao seu lado já estão o PRB, de Cléber Verde; o PTB, de Pedro Fernandes; e agora o PP, de André Fufuca. Nos próximos dias, devem oficializar a entrada o PR, de Josimar de Maranhãozinho; e o DEM, de Juscelino e Stênio Rezende.
Todos, raposas que dispensam qualquer apresentação devido ao tempo em que estão na política, aderiram e estão aderindo ao governo comunista em troca da indicação de aliados para pomposos e estratégicos cargos e comando de pastas.
O líder do governo na Assembleia Legislativa do Maranhão, inclusive, é o famigerado deputado Rogério Cafeteira (PSB), que abandonou a antiga oligarquia em troca da função.
A estratégia do comunista é a mesma empregada por José Sarney, que, parido de Vitorino Freire, traiu o amigo de seu pai, o desembargador Sarney Costa, e tomou para si comando da política estadual, onde permaneceu por longos e longos anos.
Relembrando a história, antes de virar oposição, Flávio Dino cresceu acompanhando seu pai, Sálvio Dino, em ligação direta com José Sarney, de quem é amigo pessoal. O próprio partido do governador, o PCdoB, foi um dos muitos encastelados no governo Roseana, com cargos no primeiro e segundo escalão.
Talvez isso explique a história que conta-se nos bastidores de que Dino, quando criança, gostava de ir com o pai ao Palácio dos Leões visitar Sarney e, sentando-se no chão, acompanhava as conversas sobre política e economia. Sempre que instado por Sarney sobre não querer ir brincar, Flávio Dino, então, levantava-se e, sentando no colo do amigo do pai, com os olhinhos brilhando, respondia: “Tio, eu não quero fazer outra coisa. Gosto de ficar aqui vendo o senhor conversar, de aprender com o senhor. Tio, quando eu crescer, eu quero ser igualzinho o senhor”.
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