A confirmação de que o PSDB do Maranhão foi entregue para o senador Roberto Rocha, pré-candidato ao Palácio dos Leões, pode levar o governador Flávio Dino (PCdoB), que desejava repetir em 2018 a chapa frankenstein comuno-tucana de 2014, a negociar a vaga de vice com o PP, comandado no estado pelo segundo-vice presidente da Câmara dos Deputados, André Fufuca.
Sem o PSDB e, provavelmente, sem o PSB, PPS, PTB e o DEM, que devem ir com os tucanos, e até o PT, devido a traição dos camaradas, Dino terá um tempo reduzido de propaganda eleitoral, o que o obrigaria a negociar a vice com os progressistas para manter nas eleições do próximo ano a aliança retomada recentemente, com a entrega da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) para o partido.
A possibilidade dessa coligação se concretizar, inclusive, não é afastada por Fufuca.
De acordo com o parlamentar, atualmente, o partido tem direcionado atenção apenas às ações na Sedel, como forma de auxiliar o governo estadual no desenvolvimento no Maranhão. Contudo, ressalta Fufuca, há bons nomes na legenda que possam ocupar a vaga.
“Ainda não houve conversa entre o PP e o PCdoB neste sentido, pois nosso foco atual é desempenhar ações que visem auxiliar o governo na melhoria de vida da população por meio da Sedel, mas temos bons nomes no quadro atual, além de outros que devem entrar na legenda ainda neste ano”, declarou ao ATUAL7.
Embora Fufuca não tenha confirmado, pelo menos dois nomes são dados como certos para entrar no partido: o ex-prefeito de Imperatriz Ildon Marques e o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira. Ambos possuem força eleitoral e tirocínio político à altura da chapa almejada por Dino.
Em relação ao quadro atual do partido, o presidente do PP no Maranhão também não informou qual seria o nome a ser indicado para a vaga de vice. O dele próprio é o único que não poderia ser emplacado, em razão de sua idade, 28 anos, quando a idade mínima para candidatos a governador e vice-governador é de 30 anos.
A eventual costura de uma coligação entre o PCdoB e o PP no Maranhão pode ser feita apenas na vaga de vice-governador em razão das duas vagas ao Senado Federal já estarem sob conturbada disputa e causando crise no Palácio, apesar do governador estar curvando-se a ungir os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e José Reinaldo Tavares (de saída do PSB).
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